Medo da Doença

A maioria das pessoas entra em desespero
A maioria das pessoas entra em desespero

Psicologia

16/10/2014

A nossa vida está uma correria e não prestamos atenção nos sintomas do nosso corpo, ele está mostrando sinais que algo dentro de nós não está bem, mas nessa correria com filhos, profissão, rotina, etc. faz nos esquecer de nos olhar.


Quando percebemos estamos doentes, com um diagnóstico que nem sabemos o que realmente é e/ou nunca ouvimos falar.


A maioria das pessoas entra em desespero, procuram na internet, se assustam como lá está sendo descrito a doença, entram em processo de negação da doença, entram no processo de “luto” para depois vir à aceitação ou não aceitação. Em alguns casos, as pessoas não têm forças para lutar, para enfrentar os processos de luta contra a doença. Esse período é muito doloroso, é uma reflexão interna, começamos a nos questionar sobre nossa vida, sobre o passado, o presente e o futuro. Temos medo... Medo do que? É muito difícil saber do que temos medo, pois temos medo de quase tudo...

Queremos nos isolar de todos, do mundo e até de nós mesmos. Não estamos satisfeitos com nada, temos a sensação que ninguém nos entende, nem nós mesmos não nos entendemos.


Quando passamos por esse processo, entramos em outro processo que é a luta pela vida, fazemos constantemente uma série de exames e quantas vezes descobrimos que temos mais alguma coisa além da doença primária. Ás vezes nos perguntamos se vale ou não a pena fazer exames de rotina, pois a cada resultado, temos uma nova surpresa. Escutamos “quem procura, acha”, “quanto mais faz exames, mais doença se adquire”. E cada vez, mais nos questionamos sobre tudo, vem uma tristeza, um desespero... Não sabemos para que lado iremos, se continuaremos nessa batalha pela nossa saúde, pela nossa vida.


Todos nós temos que refletir sim e enfrentar indiferentemente da doença ser crônica ou não, ter cura ou não, ser complicada ou não. Precisamos lutar pela nossa vida, temos que deixar de lado a tristeza, olhar com outros olhos para a nossa vida, pois só nós conseguiremos lutar bravamente pelo nosso prognóstico. Cada um tem sua própria história, ninguém tem uma história de vida igual ao outro, o ser humano é único. Duas pessoas podem ter uma mesma doença, porém uma pode ter um prognóstico diferente ao da outra pessoa.


Novamente eu friso que é preciso LUTAR, por mais que você não sabia qual será o resultado, por mais que você não consiga, nesse momento, ver uma luz no fim do túnel, é preciso ter força de vontade, querer viver e estar aberta para ter um aprendizado com tudo isso. Só assim, iniciaremos um diálogo com nós mesmos, aprenderemos nos respeitar, a ter e satisfazer as nossas vontades sem preocupação ou culpa por termos agido de maneira favorável a nós mesmos. Esse é um aprendizado em longo prazo, difícil e precisa ser uma rotina dentro de nossas vidas. Assim como o corpo mostrou que não estava aguentando mais tudo aquilo, ele mostrará que está satisfeito com a sua transformação interior.


Para ilustrar vou relatar uma história:

Uma senhora recebeu um diagnóstico de câncer e queria se consultar com um médico oncologista que ela ouviu falar, porém a clínica ficava muito longe de sua cidade. Seus familiares tentaram fazer com que ela desistisse alegando estar muito doente, o consultório ser muito longe e ela já ter sido diagnosticada. Mesmo assim, ela insistiu.

Chegando lá, ela foi examinada e o médico lhe disse que ela chegara tarde demais, que nem cirurgia nem a quimioterapia poderiam curá-la.


A mulher estava irredutível e começou a fazer perguntas à ele. Ela teria uma chance em cem?


Com a resposta negativa, ela foi prosseguindo com as perguntas: Teria chance em mil? Em um milhão?


O médico respondeu:

-Bom, em um milhão de pacientes, é provável.


De olhos brilhando, com firmeza, lhe argumentou:
-Então, doutor, cuide de mim, porque eu sou essa paciente no meio de um milhão.


Dada a firmeza da mulher, ele iniciou o tratamento.


Quando foi estudar o seu histórico médico, o oncologista deu-se conta que o câncer de que ela era portadora, começara exatamente quando ela entrou em um processo litigioso de divórcio.


Ela ficara tão triste, que desejara morrer, para se vingar do marido.
Foi quando gerou o câncer.


O médico trabalhou essa questão com ela. Morrer por causa de uma pessoa?


E a motivou. Ela se submeteu a terapia com uma psicóloga enquanto fazia a quimioterapia.


Resultado final:
ela se curou.


O organismo é uma máquina extraordinária, mas precisa de sua determinação e vontade.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Priscila Hitomi Terui

por Priscila Hitomi Terui

Priscila Hitomi Terui Psicóloga Clínica www.priscilahitomi.com.br email: consultorio@priscilahitomi.com.br

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