Segundo Freud uma pessoa assinala sua maturidade quando está apto para Amar e Trabalhar (p.144).
É fato que existem duas realidades emocionais dentro de um casamento, a dele e a dela. Além de virem de diferentes famílias, cultura, criação: são de diferentes sexos.
Além da parte biológica em si, que os diferem, há a diferença de criação e mundos emocionais diferentes vividos por homens e mulheres desde a infância.
“Um estudo de amizades infantis constatou que crianças de três anos dizem que metade de seus amigos é do sexo oposto; para as de cinco anos, são cerca de 20 por cento; e aos sete anos quase nenhum, menino ou menina diz ter um melhor amigo do sexo oposto. Esses universos sociais separados pouco se cruzam até os adolescentes começarem a namorar” (p.145).
Enquanto isso meninos e meninas são ensinados pelos pais/cuidadores lições bem diferentes sobre como lidar com as emoções. No geral, as meninas recebem mais informações sobre emoções do que os meninos, exceto a ira, que é mais tratada com eles.
Leslie Brody e Judith Hall, sugerem que como as meninas desenvolvem a linguagem com mais facilidade que os meninos, isso as leva a ser mais experientes para explicar seus sentimentos e mais habilidosas no uso das palavras, utilizando-as em substituto a agressões físicas. Por exemplo, quando usam táticas ardilosas como o ostracismo, a fofoca maldosa e as vinganças indiretas, já aos treze anos. Quando os meninos continuam briguentos quando zangados, não utilizando de outras estratégias, mais disfarçadas como as meninas.
Na brincadeira, as meninas procuram brincar juntas em pequenos grupos íntimos, sem muitas brigas e mais cooperação entre si. Quando alguma se machuca todas param a brincadeira para ajudar a menina que chora. Enquanto os meninos brincam em números maiores, geralmente competindo e se algum se machuca, se isola e retorna quando está melhor, ou se retira. Segundo Carol Gilligan, de Harvard (p.146) isso demonstra a “desigualdade chave entre os sexos: os meninos se orgulham de uma independência e autonomia solitárias, duronas, enquanto as meninas se veem como parte de uma teia de ligações. Assim, os meninos são ameaçados por qualquer coisa que desafie sua independência, enquanto as meninas são mais ameaçadas por um rompimento em seus relacionamentos”.
Esses contrastes no aprendizado das emoções promovem aptidões bastantes diferentes, com as meninas tornando-se “capazes de ler sinais emocionais verbais e não-verbais, de expressar e comunicar seus sentimentos”, e os meninos capazes de “minimizar emoções que tenham a ver com vulnerabilidade, culpa, medo ou dor.”
As mulheres são mais empáticas que os homens, no que se refere a ler os sentimentos não expressos de alguém na expressão facial, tom de voz entre outros. Também é mais fácil ler os sentimentos no rosto de uma mulher do que de um homem, pois, são mais expressivas, sentem toda a gama de emoção com maior intensidade.
Assim sendo, as mulheres chegam ao casamento mais preparadas para o papel de administradora emocional que os homens.
Para as esposas, intimidade significa discutir tudo, sobretudo a própria relação. Os homens, em sua maioria, não entendem o que as esposas querem deles, dizendo que quer fazer coisas com ela, e ela só quer falar (p.147). Percebe as diferenças na realidade?
Os homens não tem facilidade de verificar as expressões faciais e perceber que algo não está bem, e também foge de discussões sobre o relacionamento devido à sua menor habilidade verbal e emocional.
Para a sobrevivência conjugal é necessário chegar a um acordo sobre como discordar. Como conversar sobre os pontos que incomodam para um e para outro.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Bruna Magnago Simões de Oliveira
Nascida em 1978 em Guarapari/ES, formou-se em Administraçao em 2001. A maternidade a levou a estudar sobre desenvolvimento, educacao e a se preocupar com o futuro da sociedade. Concluiu Pós Graduação em Psicologia Clínica e da Família em 2013 e atualmente cursa Faculdade de Psicologia na UVV/ES e Pós Graduação em Intervenção Sistêmica com Famílias pela Crescent/FDV.
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