26/10/2014
Imagine que você tem em suas mãos uma ferramenta com as seguintes características:
1. Fundamentação teórica científica sólida investigada em território nacional (e normalmente internacional) com diversos dados atualizados de pesquisa sobre um determinado construto teórico;
2. Evidências de validade, isto é, evidências de que esse instrumento mede aquilo a que se propõe medir por comparação de resultados de outros instrumentos, diferenças entre grupo-controle e grupo de pessoas com alguma dificuldade específica ou generalizada previamente diagnosticada, observação de comportamento em situação natural, autorrelato escrito ou verbal com resultados semelhantes a um teste não-verbal, etc.;
3. Evidências de precisão, ou seja, apresenta características que atestam a possibilidade de aquilo ser medido de forma bem feita mediante resultados semelhantes ao longo do tempo, itens do instrumento com homogeneidade para predizer o resultado final do construto avaliado, avaliadores distintos com alcance de resultados similares a partir da avaliação de um mesmo caso, entre outros;
4. Sistema de aplicação, correção e interpretação dos resultados de modo padronizado e a partir de uma amostra de indivíduos que, estatisticamente, é representativa para auxiliar no processo de compreensão de como determinado fenômeno se manifesta em comparação a maioria das pessoas. Ou ainda resultados que possam ser interpretados a partir da dinâmica do comportamento do indivíduo como parâmetro;
5. Validade de critério para determinado(s) campo(s) de atuação, por exemplo, menores escores puderam predizer maior probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho; apresentação de um conjunto de variáveis indica maior possibilidade de descontrole emocional; o jogo de forças entre os fatores aponta maior dificuldade de desenvolvimento de determinadas competências, porém desenvolveria melhor outras tarefas devido apresentar determinantes motivacionais específicos.
Essas são algumas características presentes nos testes psicológicos atualmente comercializados no mercado, que apresentam condições mínimas de uso conforme o SATEPSI (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos) do CFP (Conselho Federal de Psicologia): http://satepsi.cfp.org.br/listaTeste.cfm?status=1. Tais instrumentos são de uso restrito do psicólogo e podem auxiliar como parte de um processo mais amplo de tomada de decisão, que envolva outras técnicas, para seleção de pessoas. E, indo além, para um processo de coaching, recolocação profissional, orientação vocacional e elaboração de plano de carreira.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
É graduado em Psicologia - Formação do Psicólogo pela Universidade Federal do Pará e cursa Especialização em Psicologia do Trânsito pelo Centro Universitário Filadélfia. Atualmente trabalha como Analista de RH no Grupo D&M e Psicólogo Clínico em Consultório de Psicologia em Belém/PA
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