As influências da família no processo de tratamento do dependente químico

Psicologia

26/10/2014

A dependência química nos dias de hoje é um dos maiores males da humanidade, o uso abusivo das drogas podem gerar muitas consequências desde alterações comportamentais, cognitivas, fisiológicas e principalmente comprometer as funções ocupacionais. O dependente químico acaba perdendo sua capacidade de manter o uso das drogas sob controle e começam a surgir problemas profissionais, sociais e principalmente familiares.


Desse modo a dependência química afeta também os familiares, podendo desestruturar e causar desequilíbrios em todo o âmbito familiar, assim necessita-se uma maior compreensão sobre os processos que influenciam o uso de drogas e a participação da família no processo de reabilitação.


Tratar a família do dependente químico é fundamental para dar apoio a eles durante o período de tratamento, ajudando na evolução dos quadros psíquicos e físicos e na sua reinserção social e familiar que são um dos principais objetivos após o tratamento, o apoio da família é importante neste processo, pois a recuperação do dependente químico é favorecida com ajuda dos familiares.


Quando um indivíduo se torna dependente químico ele acaba perdendo seu papel ocupacional, suas habilidades e muda seu comportamento, o que ocasiona falta de rotina em sua vida e nas atividades de vida diária e trabalho ocasionando uma desestrutura familiar. (BARROS E RODRIGUES, 2011).


As ações dirigidas aos familiares do dependente químico devem favorecer a relação entre ambas, onde são realizadas abordagens também com os familiares, desse modo Minayo e Shenker (2003) ressaltam a importância da inserção da família no tratamento do dependente químico, pois a mesma esta interconectada com seus membros.


Teixeira et al (2011) também relata que a terapia familiar é um tipo de intervenção que tem como objetivo enfrentar a dependência química e trabalhar o suporte familiar no treinamento das habilidades da família para tratar o dependente químico.


Oliveira (2008) salienta a estimulação da participação dos dependentes químicos e seus familiares nos grupos de autoajuda, preconizando os laços afetivos, a interação e os vínculos que facilitam a compreensão do problema acerca da dependência química.


Barros e Rodrigues (2011) destacam que a prática da Terapia Ocupacional funciona como articulador na reintegração social, neste momento a família tem que ser uma aliada na equipe de reabilitação para que seu tratamento seja eficaz e que melhore a qualidade de vida de ambos.




Referências Bibliográficas

BARROS, M. R. M. RODRIGUES, R. M. Terapia Ocupacional aplicada à dependência química. Editora Artmed, 2011.


SCHENKER, M. MINAYO, S. C.M. A importância da família no tratamento do uso abusivo de drogas: uma revisão de literatura. 2004.


TEIXEIRA, C. et al. Família, gato, galinha e dependente químico. 2011.


OLIVEIRA, I. B. da S. Tecendo saberes: fenomenologia do tratamento da dependência química. Belém: Programa de Pós Graduação em Psicologia Clinica e Social da Universidade Federal do Pará. Belém, PA, 2007.