Psicopatas/Sociopatas na Vida Real - Caso Bernardo
Grande habilidade em planejar muito bem suas falas
Psicologia
05/11/2014
Quando me refiro com artigos, textos, posts, etc, sobre psicopatas ou sociopatas é bem isso que venho tentando alertar as pessoas, a sociedade. Pois, os psicopatas/sociopatas são pessoas “comuns aos olhos”, ou ainda, “muito bem vistas socialmente” e por vezes “carismáticas”. Psicopatas não são propriamente aqueles que assistimos nos filmes de cinema, como os serial killers. Percebam no “caso Bernardo” que seu pai era MÉDICO muito bem visto pela sociedade (excelente ator, mas na vida real) e ela (a madrasta Graciele, esposa de Leandro) era SÓCIA DA EMPRESA CLÍNICA CIRÚRGICA BOLDRINI. Quem diria que essas “caras de casal fofo”, “de família bem estruturada”, “de pessoas sérias perante a sociedade, comunidade” seriam pessoas tão perigosas e de caráter sujo! Quem diria? Abram seus olhos, tem coisas que poucos conseguem enxergar a olho nu, e que talvez estes perfis estejam bem próximos de você, de sua família.
Observem os relatos sobre o MÉDICO RENOMADO: “Quando o assunto é o pai, um renomado clínico geral da região, os vizinhos descrevem-no um homem calmo, gentil e educado. É considerado um profissional de referência, a quem todos procuravam para consultar. Na especialidade em que trabalha, não há melhor, dizem pacientes. A agenda estava sempre lotada”. Ainda: “Ele é muito bom profissional. Não tem do que reclamar. Sempre foi o meu médico, salienta, emocionada, a aposentada Celina Schwingel, 60 anos. "Ele era gente boa, um cara muito tranquilo", completa o taxista Edson Rohr, que diz ter consultado com o pai do menino "algumas vezes” (Fonte: www.g1.globo.com).
Observe aqui o comportamento, atitude do pai de Bernardo: “O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele, dizem que o menino saiu de casa por volta das 18h do dia 4 de abril para dormir na casa de um colega, a duas quadras de distância da residência dos Boldrini, em Três Passos. No domingo, dia 6, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo e lá, foi comunicado da ausência do filho e registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, relatando o sumiço. O médico chegou a ligar para uma emissora de rádio de Porto Alegre para comunicar o desaparecimento da criança e pedir ajuda” (www.novafm103.com.br). Como alguém desconfiaria de que o pai e a madrasta teriam feito tal atrocidade. Eles colocam-se acima de qualquer suspeita. Parece contraditório o pai só ir buscar o filho no dia 6, pois se o menino dormiu na casa do amigo dia 4, ficaria subentendido que passou duas noites sem retornar para casa sabendo que a distância seriam duas quadras.
No que diz respeito à ex-esposa do médico Boldrini, mãe de Bernardo: “teria sido apurado pela polícia, que a mulher teria cometido suicídio em 2010, com um tiro na cabeça no consultório médico do ex-marido, pai do garoto”, enquanto estavam tratando do divórcio. Por sua vez, o Dr. Marlon Taborda, advogado da avó materna de Bernardo, diz que poderá pedir a reabertura do inquérito. Então, se essa assertiva for verdadeira, o que teria acontecido de tão grave para essa mulher ter a coragem de tirar a própria vida no próprio consultório do ex-esposo? O advogado, afirma que Odilaine (mãe de Bernardo) teria fechado um acordo de divisão de bens com Leandro poucos dias antes de morrer e receberia de R$1,5 milhão e uma pensão de R$ 10 mil por mês e que Bernardo seria beneficiário da venda de um imóvel do casal. A família acredita que ela tenha sido morta por causa de dinheiro. (Fonte: www.folhadonoroeste.com.br). O que efetivamente aconteceu? Como aconteceu? Por quê? De que maneira? Será que fora suicídio mesmo?
Com relação ao Bernardo, a imprensa dá importância de que ele teria feito um DESENHO a pedido de uma professora, onde se destacou uma chave e um bebê. Quando foi indagado sobre o motivo do desenho, ele disse que: “a chave era para poder entrar na casa, sem precisar pular o muro e o bebê era para poder brincar com a irmã, pois segundo ele não deixavam”, ou seja, a madrasta impedia a entrada de Bernardo até que o pai chegasse da clínica médica. O pai era conivente com o comportamento perverso de sua atual esposa com o filho (Fonte: www.folhadonoroeste.com.br).
Um simples desenho e uma simples fala que contextualizava o mesmo traziam ricas informações, que contava boa parte do que o menino estaria passando. Porque o negligenciaram? Será que é costume dos profissionais pensarem “é só um desenho, o que tem de mais nisso”. Pois é! “O que tem demais nisso”? É o que nós profissionais psicólogos valoramos muito. O desenho é uma das nossas ferramentas utilizadas no consultório psicológico. Porque não deram a devida atenção para o desenho de Bernardo naquela ocasião, e sim somente agora, depois de tudo, depois dessa atrocidade. É sei, é melhor fechar os olhos para não se incomodar!
Nesse caso é muito difícil dar mais credibilidade à versão de uma criança do que a de um homem bem sucedido, digno de respeito, pelos seus grandes feitos na sociedade. Aliás, a imprensa também informa que o menino Bernardo teria chegado a procurar o Poder Judiciário reclamando de seu pai e do mau tratamento que recebia da madrasta (Fonte: www.r7.com).
Ora, a simples fala da criança de 11 anos de idade não basta para que o Juiz modifique a guarda ou implante alguma medida protetiva, daí a grande dificuldade e conflito social.
E, também, não é para menos, pois, os psicopatas/sociopatas estão na nossa sociedade, em diversos casos são personalidades muito bem vistas e queridas pela sociedade. Os psicopatas ou sociopatas são tão racionais que tem uma grande habilidade em planejar muito bem suas falas e comportamento perante os outros, a ponto de que conseguirem mentir olhando nos olhos e demonstrando atitudes calmas, de pessoa boa, aparentemente de caráter, solidárias, de coração enorme. Quem desconfiaria de pessoas “tão boas”? Utilizem seus globos oculares!
Toda essa boa aparência que transmitem é para alcançar prestígio e confiança social para obter seus objetivos. Essas pessoas com perfil atroz mentem, enganam, fundamentam histórias muito bem detalhadas e minuciosas, a ponto que as outras pessoas nem se quer desconfiam de que estejam ao lado de um deles.
Que remédio se indica? O que fazer? Como agir? Segundo estudos, a psicopatia não tem cura, nem medicamentos, e, muitos especialistas acreditam que nem tratamento psicológico é possível (eles não expõem os fatos verdadeiros de suas vidas, criam uma verdadeira barreira de seus sentimentos, que é intransponível, inclusive, tentam fazer uso dessa sedução, de equilíbrio mental pleno, de confiabilidade ao psicólogo, no intuito de não se revelarem).
O remédio que se indica pelo menos para a população é prevenir, ter cautela com todos que nos cercam e, identificar esse tipo de gente, ou ao menos desconfiar, recomenda-se manter distância, depois que acontece “já era”. A dificuldade é essa! Faro aguçado contribui muito, porém, o problema é ter faro! Então, como manter distância de pessoas que se mostram “tão boazinhas”? É tudo muito difícil. Sorte a todos!
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Cintia Quissini
Cintia Quissini- Psicóloga CRP 07/21700
E-mail para contato: cintiaquiss@hotmail.com
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