O desenvolvimento psicomotor da criança de 7 a 12 meses
A vida de um bebê não é nada fácil
Psicologia
19/11/2014
A criança de 7 a 12 meses
A vida de um bebe não é nada fácil, engana-se quem imagina que eles apenas comem e dormem, choram ou sorriem de modo a nos ganhar, por trás dessa aparente inércia, há um grande esforço cognitivo para o desenvolvimento do mesmo.
Este trabalho apresentara de forma simples e sucinta o desenvolvimento de bebês de 07 a 12 meses a partir das teorias do desenvolvimento psicomotor. Para alcançar o objetivo deste trabalho foram realizadas gravações em vídeo com uma criança do sexo masculino de 11 meses.
Desenvolvimento psicomotor
Desenvolvimento psicomotor é o aumento da capacidade do bebê de realizar funções cognitivas e motoras progressivamente mais complexas. Está envolvido nesse processo tanto a capacidade física, intelectual e social da criança.
O período dos 7 aos 12 meses, é um processo complexo e de muitas mudanças para o bebê e para a família. O desenvolvimento motor vai influenciar diretamente nas experiências que o bebê poderá ter durante sua infância, habilidades motoras como aprender os movimentos adequados na hora de comer, engatinhar, andar, são de extrema importância na fase dos 7 as 12 meses. Esses entre outros vão delimitar as experiências que cada criança pode ter em seu ambiente de interação, por exemplo, um bebê que não consegue engatinhar, se limitará ao que as outras pessoas trazem para ele, consequentemente esse bebê conhecerá menos do ambiente onde vive. Para fins didáticos faremos breves considerações das fases vividas pelos bebês de 7, 10 e 12 meses.
Estágio do Desenvolvimento
Nível 3 : 4-8 meses
O bebê de 7 meses já consegue equilibrar sua cabeça, gosta de ficar sentado, mas ainda não consegue faze-lo sozinho, está mais atento ao mundo pelos reflexos visuais que lhe é proporcionado, a boca e a garganta já estão mais organizados, consegue vocalizar grande partes das vogais e consoantes e possui um prazer especial em gritar e gorgolejar. É nessa fase que os bebês passam a alternar os passos quando suspensos, esse é um mecanismo natural muito importante para os futuros passos.
Nível 4: 8-12 meses
10 meses
Nesse período os bebês tornam–se mais inquietos, ficar deitados já não lhe agradam mais. Essa é considerada por Gessel (1985, pag 113) como uma fase de emancipação do bebê, nesse momento ele passa e se locomover também segurando nos objetos, pelo desenvolvimento da percepção que tem em relação às pessoas adquire nova capacidade de imitação, começa a ter noção de permanência de objeto (há uma procura pelo objeto escondido ou coberto, eles podem ir atrás perseguindo o com os olhos), e de forma bem singela começam a desenvolver a posição de seu polegar opositor, a vocalização de vogais e consoantes nesse momento começa a transformação de pequenas palavras. (GESELL, 1985)
12 meses
Nesse momento, o bebê consegue sentar sozinho, entender que quando um objeto some de seu campo visual ele ainda existe; estão preparados para comerem sozinhos com a colher, porém, como ainda não possuem desenvoltura no pulso esse comer ainda é desajeitado, além de iniciar seus primeiros passos sozinho. Realizar um movimento tão complexo como andar sozinho é necessário tanto o domínio de habilidades específicas (manter-se ereto, segurar nos objetos), quanto na integração desses componentes. (KAIL, 2004).
Teoria e Prática
Foram feitas observações mediante autorização dos responsáveis do bebê (Caio) do sexo masculino. AS observações ocorreram em dois momentos: 1) Caio no momento da observação com 11 meses; 2) Caio no momento da observação com 12 meses e uma semana.
No primeiro momento podemos observar que Caio conseguia dar alguns passos, mas ou amparada pela mãe, ou apoiado na parede, e assim que possível voltava à posição de engatinhar, que nesse período é a forma de locomoção mais confortável para o bebê. Em certo momento a mãe de Caio brinca com ele de esconder o brinquedo, Caio que já possui a permanência de objeto bem desenvolvida, consegue procurar o brinquedo mesmo quando ele não esta mais em seu campo de visão.
Na segunda visita que fizemos a Caio, ele que já tinha completado seus 12 meses, nos mostrou que já estava mais seguro e que conseguia andar sozinho e sem interferência de seus familiares.
Com essas observações e a bibliografia levantada, podemos perceber que o desenvolvimento motor de uma criança é um percurso extremamente difícil, porém, normalmente ocorre de forma natural. Relacionando aos estágios de desenvolvimento, podemos também verificar que um estágio não esta apenas relacionada à criança em si, mas também ligado à cultura que cada criança está inserida, um estágio não é inflexível, há crianças que estão além dos estágios indicados por sua faixa etária, e outras que não completaram o ciclo normal do mesmo, porém não significa necessariamente que essa criança possua problemas de desenvolvimento.
Bibliografia
Kail, Robert V.. A Criança. São Paulo. Pearson Pretice Hall, 2004.
GESELL, A. A criança do 0 aos 5 anos. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Jessica dos Anjos da Silva
Jessica Silva , estudante de Psicologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie, monitora do Laboratório de Análise Experimental do Comportamento.
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