A terapia e o trabalho com sonhos deveriam ter como objetivo a compreensão do sonhador.
Psicologia
04/05/2015
Diferente da concepção de Freud, a psicologia analítica de Carl Gustav Jung abrangia a filosofia da natureza e outras evoluções neo-românticas.
Freud serviu de inspiração para Jung durante vários anos, mas este não conseguia aceitar a teoria de energia psíquica.
Enquanto Freud estava interessado em descobrir a causa do sonho, Jung estava interessado em descobrir os objetivos.
Para Jung, o inconsciente tinha, não só sentimentos reprimidos, instintos e lembranças pessoais esquecidas, mas também, muito conhecimento e sabedoria na forma de tendências, que funcionavam compensando os desequilíbrios e a parcialidade das atitudes conscientes, que complementavam o desenvolvimento do indivíduo.
Com isso, Jung enfatizava que a terapia e o trabalho com os sonhos deveriam ter como objetivo a compreensão do sonhador, quando desperto, da realidade, e que as intuições obtidas deveriam ser traduzidas pelo paciente em uma maior adaptação às condições da vida diária.
Sendo assim, Jung colocava seus pacientes em uma cadeira de frente para ele, o que diferenciava de Freud, que colocava seus pacientes em um sofá, e, assim, Jung dava textos para seus pacientes lerem de forma a estimular uma atitude ativa.
Por meio de sua psicologia analítica, esse via a expressão dos desejos como apenas uma das funções dos sonhos, expressando qualquer impulso, qualidade ou potencial do sonhador.
Assim, o sonho retratava a situação atual, no inconsciente desencadeado por acontecimentos internos ou externos, e também podia prevenir repreender, congratular ou revitalizar o sonhador e fornecer experiências espirituais profundas.
Dessa forma, diferentemente de Freud, Jung afirmava que o sonho era uma expressão natural do inconsciente, que revelava a situação interior do sonhador.
Da mesma forma, não aceitava que os sonhos podiam ser interpretados por meio de opostos ou reversão simbólica e acreditava que trabalhar com muitos sonhos do mesmo paciente proporcionava, para ambas as partes, a oportunidade de esclarecer e corrigir suas interpretações.
Dessa forma, outra incrível contribuição de Jung, para a interpretação dos sonhos, foi o reconhecimento de suas imagens terem a possibilidade de serem interpretadas tanto subjetivamente quanto objetivamente.
Na interpretação objetiva, as imagens vistas representavam literalmente a pessoa, a coisa, alguém ou algo na vida do sonhador. E, na interpretação subjetiva, eram vistas como representantes de um aspecto do sonhador.
Segundo estudiosos e especialistas da área, ao comparar os trabalhos de Jung e Freud, surgem especificações semelhantes em alguns aspectos e muito diferentes em outros.
O papel atribuído por Jung aos sentimentos nos sonhos é interessante, porém, este não ensinava aos seus alunos explorarem especificamente esses sentimentos, pedindo ao sonhador que os descrevessem melhor, nem tampouco, a perguntarem ao sonhador como havia se sentido em vários momentos do sonho.
Dessa forma, Jung não dependia dessas informações específicas para fazer suas interpretações, o que fazia com que seu estudo não fosse tão valorizado quanto outros.
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por Colunista Portal - Educação
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