Qual é a medida do AMOR?

Como explicar o amor?
Como explicar o amor?

Psicologia

08/11/2015

Joelma Aparecida Meira, 08 de Novembro de 2015

Quase sempre me pego a pensar e fico indignada com a banalização promovida pela mídia, em particular, as redes sociais. Esse assunto é de uma grandeza. É possível que alguns pensem que é exagero. Pois bem, fiquei um tanto quanto curioso quando há dias passados navegando em um sites encontrei alguns amigos e amigas da vida real e seus status me despertaram para alguns questionamentos... Isso dá um nó na ideia. A curiosidade faz a gente viajar em busca de respostas... Continuando vi um texto de uma amiga ao qual mencionava “mulheres que amam demais”. Esse tema me levou a uma pergunta a qual fiz a mim mesma “QUAL É A MEDIDA DO AMOR?”. E, depois, fiquei perplexa com a abordagem do texto onde mulheres confessavam que sofriam “por amar demais”...

Esse texto me deixou bem pensativa já que o mesmo trata de um amor desmedido. Por que fala só das mulheres? Homens não amam??? A explicação é bem simples! Há quem se diga que amor demais não existe, até porque quando amar provoca sofrimento o que está havendo na verdade é uma distorção do que seja o amor, pois, este pela sua própria gênese é gerador de satisfação, prazer, harmonia... Outra explicativa tem a ver com o tipo de relacionamento disfuncional, ao qual é atribuído o fato de “amar demais”, embora seja mais significativo no universo feminino devido à cultura educacional machista a que as mulheres foram e ainda são submetidas, também afetas aos homens. Ufa, então os homens também amam!

Qual é a medida do amor? Existe “amar demais” ou “amar de menos” a si próprio; há uma profunda falta de autoestima que se alicerça na autonegação existencial, na autonegligência, na submissão, na falta de autoconfiança, no medo de ficar só e em outros tantos medos, levando a pessoa a martirizar a si mesma e, em última instância, a autodestruir-se. Quando se diz amar de mais o outro pode estar negando si próprio.
Pois bem, este tipo de comportamento e atitudes é baseado, muitas vezes, em necessidades diversas ou em traumas e bloqueios é muito mais grave do que parece, pois, quando atinge um grau elevado de dependência torna-se um vício e, como tal, precisa ser tratado. Isso me deixou preocupada. Assim, as pessoas estão criando “relações virtuais” quais poderão torna-los viciados. Esse “distúrbio” é também gerador de inúmeros desconfortos emocionais e físicos, como ansiedade, depressão, enxaqueca, aumento da pressão arterial, etc. (parece que ama quem está longe e desapega dos próximos).
A Humanidade está realmente sabendo amar? Sei que fiquei com muitas questões a fervilhar em meus pensamentos e confesso que as respostas pode até nem serem encontradas. Não vou querer ensinar o padre a rezar missa como se diz, e nem me propor a dar receitas. Creio que a pessoa acometida desse distúrbio deve buscar ajuda qualificada, pois é necessário encontrar a origem do problema que, na maioria das vezes, tem um fundo psico-emocional, e, a partir daí, passar por um processo de reconstrução da sua autoestima para redefinir sua postura diante das suas escolhas afetivas. No meu ver o amor é ALGO que faz bem. Nenhum ser em sã consciência é dado sofrer por amor. Se sofrer não é amor. Na escola aprendemos que o amor é um sentimento abstrato, que não podemos pegar, apalpar, só sentir, vivenciar.

“Como explicar o amor, o gostar de alguém sem olhar a quem, o querer bem sem ter um porquê, só bem querer. Para que explicar se é melhor viver, se é melhor ter do que não ter. Querer só por querer mas não amar só por amar sem saber por quê. Se souber explicar melhor, me diga você!” (Luis Alves)

Curta as Redes Sociais, faça amigos, se relacione, de boas risadas, se informe, enfim, aproveite tudo de bom que esses meios oferecem. Mas não faça substituições, não abra mão de sua vida real pela sua virtual transformando os vínculos em algo muito superficial. Saiba encontrar o equilíbrio e assim não prejudique suas vivencias. Sei que cada um escolhe o que é melhor para si. Minha intenção é apenas compartilhar uma opinião.

Pense...

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Joelma Aparecida Meira

por Joelma Aparecida Meira

Joelma Aparecida Meira Cidade: Laranjal-Pr E-mail. Joapa1979@hotmail.com Sou professora/ Pedagoga - Pós graduação Neuropsicopedagogia/Educação Especial/Educação do Campo

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