Depressão pós-parto pode ser prevenida com exame de sangue

Psicologia

07/04/2009

Cientistas afirmam que é possível identificar mulheres com predisposição à depressão com um simples exame de sangue, parecido com o procedimento para medir os níveis hormonais do sangue durante a gravidez.

A depressão pós-parto é um problema emocional que surge nas primeiras semanas seguidas ao nascimento do bebê e, hoje atinge 13% das mamães. Em alguns casos, o tratamento exige acompanhamento de um psicoterapeuta e uso de antidepressivos.

A psicóloga da University of Califórnia, autora do estudo, Ilona Yim, afirma que o hormônio produzido pela placenta durante a gravidez é um bom indicador da depressão pós-parto.

Foram acompanhadas 100 mulheres grávidas, durante toda a gestação e até nove semanas do nascimento do bebê. Em todas, foram analisados, em determinadas épocas, os níveis do hormônio liberador de corticotropina (pCRH, na sigla em inglês) no sangue da placenta. Nas mulheres que apresentaram DPP, o nível do hormônio aumentou significativamente. Já nas mulheres que não tiveram o problema, o nível do pCHR permaneceu o mesmo.

“Psicologicamente, uma leve depressão após o parto é esperada e se mostra útil em seu processo, pois neste momento a mãe deve estar voltada totalmente para o bebê, que é dependente da mãe. O que é diferente da depressão pós-parto, que é uma patologia e deve ser tratada. A depressão pós-parto prejudica a relação mãe-bebê e, em consequência, no desenvolvimento afetivo, social e cognitivo da criança”, declara a tutora de psicologia do Portal Educação, Karolina Leite dos S. Pinto.

A DPP, como é chamada a doença, pode provocar insônia, tristeza profunda, perda de apetite, variação de humor, excesso ou ausência de cuidados com o bebê, dificuldade em tomar decisões, ansiedade, choro frequente, perda de memória, sentimento de culpa ou sensação de impotência.