Refeição em família pode interferir na formação das crianças e adolescentes

Psicologia

17/04/2009

Trabalho, escola, cursos, compromissos, entre outras atividades. Hoje em dia, tudo isso faz com que se torne cada vez mais difícil as refeições em família. Muitas vezes o horário dos filhos não bate com o horário dos pais e vice-versa.

Uma pesquisa realizada pela Unilever mostra que 49% das paulistanas entrevistadas jantam com a família todos os dias. No entanto, 69% dos brasileiros dizem que se alimentam enquanto assistem TV.

Esses dados revelam que, no Brasil, o hábito das refeições em família está saindo de cena, pois, com a TV ligada, por exemplo, a refeição perde seu principal foco de proporcionar a união e cumplicidade entre pais filhos, aumentar a qualidade da alimentação e, além disso, trazer benefícios para a saúde física e mental.

Um estudo feito pelo governo do Reino Unido concluiu que as crianças que fazem as refeições junto dos pais têm quase o dobro de chance de tirar notas boas na escola. E os adolescentes que têm esse hábito apresentam menores chances de se envolverem em brigas ou de serem suspensos da escola.

A proximidade da família ajuda a evitar que os jovens fiquem depressivos, se envolvam com drogas e façam sexo sem o uso de preservativos.

Além de melhorar a harmonia da casa, a refeição em família pode melhorar a saúde das pessoas, pois, segundo a nutricionista Lara Natacci, é durante esse momento que mais se presta atenção na qualidade alimentar. Para ela, comer junto dos familiares faz com que as pessoas ingiram menos e mais lentamente.

Lara ainda explica que a sensação de saciedade leva 20 minutos para chegar até o cérebro, sendo assim, quem come muito rápido acaba ingerindo maior quantidade de alimentos, ou seja, acima do necessário.