Personalidade do feto

A relação do feto e a mãe
A relação do feto e a mãe

Psicologia

12/07/2016

A psicanalista italiana Alessandra Piontelli percebeu que a perturbação entre crianças e adultos partia da vida intrauterina, visto que esses problemas diferenciava os bebês em sua individualidade.

As crianças e os adultos apresentavam os mesmos problemas de seu período pré-natal, então, ela concluiu que os problemas de conduta e temperamento apareciam na gestação, e que as observações apresentadas permaneciam por todo tempo na vida intrauterina, manifestando-se, posteriormente, na vida depois do nascimento.

Sendo assim, é possível perceber a individualidade da personalidade do feto e na sua vida durante a infância e fase adulta. Daí, faz-se necessário dar amor a esse ser para que esses problemas possam ser resolvidos.

Tudo isso é importante compreender durante a gestação, pois são esses cuidados que permitem ter um adulto emocionalmente saudável, feliz, alegre, risonho e realizado.

De acordo com o que o feto percebe é interessante saber: que os pais devem estar casados no civil e no religioso em relação a sua segurança emocional, devem estar de acordo com a gravidez, o casal deve ser harmonioso um com o outro, os pais devem morar sozinhos, os pais deverão ter um plano de saúde para cobrir os custos da gestação, devem ter um orçamento doméstico para que o bebê sinta-se seguro. Tudo isso faz com que o bebê tenha uma boa memória de seus acontecimentos na vida intrauterina.

Com o melhor entendimento do período pré-natal é importante frisar que, além da memória e das sensações, o bebê possui talentos, capacidades e habilidades, sendo que apresentam traços de sua personalidade, além da sensibilidade da relação com sua mãe.

Para tanto, também é importante ressaltar que tudo isso põe em causa a complexidade do aparelho psíquico que tem participação na manutenção da gravidez e traz condições para que o feto possa sobreviver ou ter bem-estar em relação a sua vida. Então, a mãe deve estar equilibrada no período gestacional para não passar isso para o bebê por meio da placenta, sendo o processo das condições ambientais que são geradas.

Pois, o bebê tem toda uma condição que é formada no período da gestação, sendo que torna-se uma condição normal de um ser humano: com percepções, sensações, expressões, brincadeiras com o cordão umbilical, reações e comportamentos a partir do meio externo formado pela mãe.

Em determinados momento, ou melhor, no decorrer das semanas, há formação do corpo, do cérebro, espinha, tubo digestivo, sistema nervoso, boca, pernas, braços e coração. Assim, se forem feitos exames como o eletroencefalograma, pode apresentar condições de uma pessoa adulta, com formação perfeita e demonstração de expressões. Também desenvolvido o sentido do paladar, o embrião reage de forma diferente com substâncias doces ou amargas, e igualmente em relação à nicotina ou à drogas que são ingeridas pela mãe.

Dentro dessas condições convém observar que o período pré-natal é apontado nos estudos - com capacidade no aprendizado e sinais de comportamento inteligente - como sendo necessário a análise do líquido amniótico para perceber a capacidade respiratória e batimentos cardíacos, respondendo muitas vezes com o choro.

Em relação ainda ao seu processo de formação, o feto ingere líquido amniótico, suas papilas gustativas aparecem e sentem o gosto de várias substâncias químicas. Consegue engolir e, no terceiro trimestre, ingere entre 15 e 40 calorias de alimento. Pode- se ainda conceber como obstetra neozelandês Albert Liley, que constatou anorexia ou apatia.

Na nona semana, o bebê já consegue chupar os dedos e sugar. Em 16 semanas está formada a audição e, em 32 semanas, estremece o corpo e os membros, o que reagem as ações da mãe no abdômen e produzem perturbações emocionais no feto diante de desastres naturais e situações traumáticas.

As percepções dos fetos são notadas durante toda a gestação, no entanto, nos quatro a cinco meses, músicas suaves ou agitadas podem mudar o seu comportamento.

Quanto aos sonhos oníricos do feto isso é percebido na 23ª semana gestacional. Isso acontece pelas experiências vividas pelo feto o que podem gerar alguns comportamentos e alterações no batimento cardíaco e respiratório, além de mudanças bruscas de posições de membros e corpo.

A comunicação no período gestacional é muito importante, pois a linguagem da mãe em relação aos fetos é essencial para a construção de sua própria linguagem posterior, sendo que ocorrendo uma linguagem desagradável, isso pode trazer problemas futuros, implicando em sua linguagem, comunicação, audição e disposição.

A comunicação é originada, inicialmente, pelos registros biológico ou meio celular, pois toda a trajetória celular fica marcada e pode constituir também na fantasia básica inconsciente. Isso ocorre naturalmente porque a fantasia fica registrada no emocional, entretanto, se o trauma for reavivado, ela pode se reinstalar no emocional. Se um trauma atual ocorre, as fantasias anteriores também podem voltar. A partir daí, surgem os registros coexistidos pelas emoções de angústia, inveja, ciúme, sentimentos de rejeição, exclusão, abandono, desamparo, miséria e privação. A fantasia é uma memória de algo que aconteceu e esse acontecimento pode ser modificado de acordo com o seu armazenamento.

Porém, a realidade se mantém, como ocorre com o medo da morte. Esse medo surge muito antes do nascimento, o que é chamado de morte pregressa. Por isso, a memória é tão importante e compreende-se isso como parte do organismo, como consciência das vivências celulares e como forma de que o organismo vivencia.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Heldon Falcão Patriarcha

por Heldon Falcão Patriarcha

Heldon Falcão Patriarcha Brasileiro, solteiro, natural de Salvador - Ba, nascido em 23/01/79. Mestrado em Reiki/ Mestre de Reiki Iniciações de Reiki presenciais, atendimento em consultório com Psicanálise e Terapia Transpessoal e aulas de Massoterapia.

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