Acúmulo de saberes ainda é a melhor estratégia para vencer processos seletivos

É vencendo o monopólio do conhecimento que se conquista as melhores oportunidades
É vencendo o monopólio do conhecimento que se conquista as melhores oportunidades

Recursos Humanos

12/01/2015

Os processos seletivos para postulantes modificaram-se através dos anos, mas existem divergências sobre qual é a melhor maneira de avaliar cidadãos. Há microempresas com pouca exigência na contratação de funcionários. Bastam o preenchimento de uma ficha com dados pessoais e uma entrevista para que o futuro empregado seja aceito. Apesar de bastante gente não acreditar, existem candidatos que não sabem completar a ficha com os requisitos pedidos por incapacidade de escrever.


Por outro lado, aqueles que são graduados, pós-graduados, doutorados, pós-doutorados em universidades e conhecedores de diversos idiomas enfrentam bastantes contratempos e concorrem com muita gente para conquistar um emprego. Os processos seletivos são rígidos. Exigem testes escritos em papel e em computadores abordando diversas disciplinas, dinâmica de grupo, entrevista com psicólogo e com o chefe da área em que se tem a pretensão de trabalhar. Conhecimento avançado é imprescindível, além de boa aparência e vivacidade para expressar ideias pertinentes à função que será exercida.


A vantagem de trabalhar em uma microempresa é que, por ter dificuldade em pagar salários altos e conceder benefícios, esses empregadores permitem que funcionários comprometidos e de confiança tenham acesso a todas as etapas do processo produtivo. A tendência desses trabalhadores é desvalorizar essas instituições e enviar currículos para outras. O que eles não sabem é que empresas pequenas têm seu valor e que a remuneração paga por elas pode aumentar caso o negócio prospere. Milhares de grandes companhias começaram com baixo capital e variados tipos de dificuldades. Algumas transformaram isso com dedicação ao trabalho e estratégias criadas para vencer o monopólio e a concorrência no mercado.


Quaisquer tipos de analfabetismo são vergonhosos. Principalmente, a incapacidade de completar uma simples ficha de emprego. Há uma estratégia para superar isso e obter o cargo almejado mesmo sem o conhecimento exigido: levar um amigo que preencha a ficha com a qual o candidato não sabe lidar. Alguns cidadãos afirmaram que, mesmo sendo ignaros, sempre trabalharam. Quando eles desconhecem o serviço, executam-no errado e omitem o equívoco. Outros disseram que vendem qualquer coisa. Até produtos estragados. A luta pela sobrevivência e a obsessão por dinheiro levam o ser humano a praticar irregularidades quando não é possível ser honesto.


Um candidato bem preparado por universidades renomadas passa por processos seletivos rígidos e possui abundância de concorrentes. Com a evolução tecnológica que tem acontecido nos últimos anos, quaisquer tipos de analfabetismo representam derrota. Em certas multinacionais, somente pessoas fluentes em idiomas estrangeiros podem exercer funções bem-conceituadas e com glamour. Essas instituições não admitem nenhum tipo de falha.


Atualmente, mesmo funções simples, requerem conhecimento e expertise. O ideal é que, desde a infância, o sujeito seja treinado no sentido de adquirir habilidades para trabalhar. Como a necessidade financeira é grande, algumas crianças afirmam vender balas para adquirir capital ou trabalhar carregando caixas pesadas, cortando cana, até que a situação se modifique e seja possível conseguir um emprego conforme a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Pais que pagam cursos técnicos, de idiomas e universitários para os seus filhos garantem a eles melhores oportunidades. Como se sabe, mesmo em funções de estagiário, conhecimento é um diferencial.


Quanto àqueles que têm saberes acadêmicos, de idiomas e informática, eles têm de mostrar versatilidade. No mercado, há também indicações de candidatos por amigos ou parentes. Estes vencem quem tem mais experiência mesmo sem merecer. Pode-se dizer que, dentro das corporações, há monopólio de vagas de emprego. Algumas não aparecem para todos. Certos candidatos são favorecidos em processos seletivos por terem sido indicados por um funcionário da companhia. Quem não detém nenhum tipo de sinecura no momento do processo seletivo precisa mostrar seu valor apresentando bastante conhecimento e não deve ter temores, sejam eles quais forem.


Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Tânia Damasceno

por Tânia Damasceno

Tânia Damasceno é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e licenciada em letras (português/inglês) pela Universidade Nove de Julho de São Paulo. Sua experiência profissional concentra-se nas áreas de comunicação e idiomas.

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