Turismo e história: relações essenciais

Turismo e História - aproximações
Turismo e História - aproximações

Turismo e Hotelaria

31/03/2015

Turismo e história - aproximações

Quando tratamos da importância da história, é fundamental a reflexão sobre a resposta direta oferecida por Caio Boschi (2007) trocando em miúdos, a história serve para que o homem conheça a si mesmo – assim como suas afinidades e diferenças em relação aos outros. Saber quem somos permite definir para onde vamos.


A história representa um meio de conhecimento dos múltiplos manifestos que nos caracterizam como seres sociais, promotores de nossa própria existência. Tais atributos podem estar ligados diretamente a prática turística, seja na condição de turista, seja na condição da gestão.


O turismo cultural, segmento em franco crescimento, se pauta nas trocas sociais e no reconhecimento dos elementos únicos de uma localidade e/ou de um povo. Contudo, para que esta área seja desenvolvida em sua plenitude o estudo da história e o seu entrelaçamento com o turismo são elementos decisivos.


É preciso entender que o turista com motivações culturais busca estabelecer elos entre o passado e o presente, o antes e o depois. Para que a construção deste elo ocorra o profissional de turismo precisa se debruçar sobre a história e suas múltiplas facetas, onde será possível estabelecer formas e possibilidades para esta busca do turista se torne real.


O turismo é capaz de contribuir para difusão das artes de uma localidade e das atividades culturais tradicionais, sejam no ambiente urbano como na área natural. Tal capacidade pode ser medida via inventário turístico que, determinantemente, deve conter a história da localidade, pois este representa o conhecimento das origens e das práticas sociais.


Na acadêmica ou mesmo no ensino técnico de turismo, a história se apresenta como um elemento transversal que garante aos alunos um mergulho em diversas instâncias do saber, seja a cultura erudita, popular, contemporânea, construindo um senso crítico apurado e vislumbrando possibilidades para o futuro da atividade turística.


O turismo e a história entrelaçados pela transversalidade pode ser uma ferramenta profícua para a contração e, compreensão, de práticas locais e o respeito aos manifestos únicos que existem. De forma mútua permitem a identificação das inter-relações entre o quem vive e quem visita, as experiências possíveis e existentes, a temporalidade e a memória existente e a que pode ser construída.


Por fim, não há como pretender a articulação turística sem levar em consideração as contribuições da história para a compreensão e desenvolvimento do turismo. Assim como alguns consideram a geografia o pai do turismo, a história pode ser a mãe, uma vez que a motivação para o deslocamento nasce da inquietação e da provocação que, por excelência, pode ser fruto das múltiplas histórias que o mundo guarda.




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BOSCHI, Caio César. Por que estudar história?. São Paulo: Ática, 2007.


GUIMARÃES, Selva. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados – 13º edição. Campinas: Papirus, 2012.


PETROCCHI, Mario. Turismo: planejamento e gestão. São Paulo: Futura, 1998.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Felipo Luiz Abreu de Oliveira

por Felipo Luiz Abreu de Oliveira

Olá Pessoal, sou Felipo Abreu. Técnico em Publicidade pelo SENAC/SP, Turismólogo formado pela UNESPAR/PR e Licenciado em História pelo CEUCLAR. Especialista em Artes visuais pelo SENAC/RR e pós-graduado em Museografia e Patrimônio Cultural pelo CEUCLAR. Gestor em cultura e turismo desde 2005. Atualmente é docente e mediador do programa de regionalização do turismo no SENAC Sorocaba.

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