Trypanosoma theileri - Família Trypanosomatidae

Veterinária

25/02/2013

Este tripanossomo de patogenia discutível tem a extremidade posterior do corpo alongada e fina, seu núcleo é geralmente oval e fica na porção medial. O cinetoplasto é relativamente grande e se localiza a certa distância da extremidade posterior. A membrana ondulante é evidente e o flagelo livre representa cerca de um quarto do comprimento do parasito.

Seu tamanho varia de 60 a 70 mm de comprimento, mas já foram registrados exemplares pequenos, com 25 mm, e exemplares bastante grandes, com 120 mm. Seus hospedeiros definitivos são os bovinos e bubalinos. 

Aspectos Epidemiológicos

Trypanosoma theileri é cosmopolita, com prevalência variando entre 10 e 90%. No Brasil já foi descrito nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Ciclo de vida e Patogênese

O ciclo de vida do T. theileri envolve as formas tripomastigota e epimastigota. Ambas são encontradas no sangue. Nos tecidos e na linfa encontra-se apenas a forma epimastigota. Tanto no sangue, na linfa ou nos tecidos, as formas evolutivas se multiplicam por cissiparidade simples. A transmissão aos bovinos ocorre pela picada de tabanídeos os gêneros Tabanus e Haematopota, nos quais o parasito se desenvolve no intestino. Ocasionalmente a transmissão transplacentária também ocorre.

Alterações Clínicas

Clinicamente, a tripanossomíase causada por T. theileri é pouco importante, pois este parasito é considerado não patogênico. Porém, há descrições de aborto e até morte em situações de estresse.  

Alterações Laboratoriais

As alterações laboratoriais causadas por T. theileri são mínimas. No entanto, o achado laboratorial mais associado a este parasito é a linfocitose, mas já foi descrito que também pode ocorrer monocitose.