Sobre as veias em cães e gatos

A pressão nas veias é muito mais baixa do que nas artérias e arteríolas
A pressão nas veias é muito mais baixa do que nas artérias e arteríolas

Veterinária

28/03/2013

À medida que as vênulas coalescem, elas formam veias e continuam seu rumo através do sistema cardiovascular. As veias têm 3 camadas, da mesma forma que as artérias, porém tais camadas são mais finas e não tão firmes. Elas não precisam ser tão fortes, pois o sangue que flui por elas está sob pressão mais baixa.

O sangue presente nas veias apresenta coloração mais escura comparado ao sangue arterial, devido ao seu baixo conteúdo de oxigênio. Cerca de 2/3 do sangue do organismo está presente nas veias em um dado momento.

As veias na porção posterior do organismo dos cães e gatos drenam para a veia cava posterior e seguem para o átrio direito do coração. As veias que drenam a cabeça e a parte anterior do corpo dos animais drenam para a cava anterior e seguem para o átrio direito.

A pressão nas veias é muito mais baixa do que nas artérias e arteríolas. Isto pode causar problemas nas extremidades. Por exemplo, quando da permanência em estação por longos períodos, o sangue nas veias dos membros precisa extrapolar a gravidade para retornar ao coração.

Como não há pressão suficiente nas veias para tal retorno, elas utilizam de um mecanismo: válvulas de uma via auxiliam no retorno venoso ao coração. Além, disso, o tecido muscular esquelético ao redor das veias contrai-se continuamente em pequenas porções, assim empurrando o sangue na direção certa. 

As veias tendem a se localizar na superfície da pele e são facilmente visualizadas. Além das funções supramencionadas, as veias fazem parte do mecanismo termo regulatório do organismo.

Quando na superfície e dilatadas, elas eliminam o excesso de calor corporal. Há ainda um grupo especial de veias no corpo chamadas rede mirabilis.

Consiste em um aglomerado de veias e artérias, geralmente correndo adjacentes, mas com o fluxo em sentido oposto, que permite trocas térmicas. Um exemplo clássico é o plexo pampiniforme, um dos mecanismos termo regulatórios dos testículos.

Nos mamíferos, a temperatura interna dos testículos deve ser alguns graus mais baixa do que a temperatura interna do organismo, possibilitando a fertilidade espermática.

O sangue arterial mais aquecido, proveniente do corpo que supre os testículos, flui diretamente e passa pelo sangue levemente mais resfriado que se encontra no sistema venoso que drena os testículos. Isto permite que o sangue mais resfriado do sistema venoso absorva o calor do sangue arterial.

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