No deslocamento da articulação Temporomandibular (luxação condilar), o côndilo se encontrará fora de sua posição normal, podendo estar anterior, posterior, superior, medial ou lateralmente à cavidade glenoide.
A luxação da ATM geralmente é bilateral, e suas características clínicas são: incapacidade de fechar a boca, protrusão do mento, salivação, dor e tensão da musculatura mastigatória. Nos casos de luxação unilateral, ocorre um desvio mandibular para o lado oposto da lesão.
A luxação pode ser desencadeada pelo bocejo, pela manipulação da mandíbula durante tratamento dentário, por uma abertura exagerada da boca em cirurgias bucais ou faringianas, sob anestesia geral ou, mais comumente, após traumatismos (quedas de alturas, atropelamentos, brigas, etc.)
O tratamento da luxação divide-se em transitório ou definitivo. O tratamento transitório ou de emergência torna-se necessário quando a luxação não pode ser reduzida pelo paciente.
Nesses casos, o profissional reduz a luxação manualmente, posicionando o côndilo à cavidade glenoide por meio de uma caneta ou cabo de bisturi posicionado caudalmente aos molares e tracionando-se a mandíbula até atingir a oclusão normal; desta forma, estruturas articulares não sofrem intervenções.
O tratamento definitivo pode ser constituído de conservador ou cirúrgico, sendo este último indicado nos casos de fracasso do tratamento conservador, por exemplo, luxação recidivante ou quanto a dor persiste de forma severa, a condilectomia (retirada total do côndilo) deve ser considerada.
A imobilização da mandíbula por bloqueio maxilo-mandibular pode ser adotada isoladamente ou em conjunto a outras modalidades de tratamento.
O bloqueio tem sido recomendado por um período de três a seis semanas, para facilitar a cicatrização de presumíveis ligamentos articulares lesados.
Uso de antiinflamatório não-esteroidal é útil no controle da dor e inflamação durante o período pré e pós-operatório.
A anquilose de ATM está relacionada a uma redução parcial na função até a imobilidade completa da mandíbula. Nestes casos, o animal fica com incapacidade de abrir a boca e se alimentar normalmente, levando à anorexia.
A causa mais comum de anquilose envolve o microtrauma, especialmente os associados a fraturas condilares.
Este processo pode ser consequência de luxações de ATM pós-traumáticas, mais comuns em animais jovens ou infecções intracapsulares.
A anquilose pode ser verdadeira ou intracapsular, quando ocorre uma fusão do côndilo, disco e fossa, resultando na formação de um tecido fibroso, fusão óssea ou uma combinação de ambos, e falsa ou extracapsular quando envolve o processo coronóíde e osso zigomático.
O tratamento nestes casos é cirúrgico, com remoção da área afetada.
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por Colunista Portal - Educação
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