RESUMO
A homeopatia é uma terapia que tem sido utilizada em animais com resultados bastante satisfatórios. É uma terapia na qual vemos que o custo do tratamento é bastante acessível. Por serem os remédios ultra-díluidos (após a diluição CH 12, não se encontra nenhuma molécula do substrato original no remédio). As chances de intoxicação ou de efeitos colaterais são bastante reduzidos quando se usa a medicação adequada. Em se falando em animais de produção a medicação homeopática não deixa resíduos detectáveis nos produtos de origem animal (leite, carne, etc) e também não contamina o meio ambiente e sem risco para os tratadores. O tratamento é de fácil administração, visto que pode ser diluído em água, misturado na ração e é absorvido por qualquer mucosa (vaginal, oral e conjutival). Nos casos relatados no trabalho tem se uma idéia da facilidade da aplicação e dos bons resultados obtidos.
1.0 INTRODUÇÃO
A homeopatia é uma terapêutica médica que consiste em tratar doentes utilizando medicamentos preparados em diluições infinitesimais (SCHEMBRI, 1992).
A palavra Homeopatia vem do grego Homeo- semelhante e Pathos – doença, semelhante à doença, ou seja, trata a doença com outra doença semelhante a ela (SCHEMBRI,1992).
De acordo com CAIXETA (1999) quando se compara os tratamentos terapêuticos, a Homeopatia é herdeira do principio hipocrático da Similitude, acrescida dos ensinamentos aristotélicos da individualidade. Enquanto que o tratamento convencional é galêmico, decartiano, pois busca neutralizar a doença por seus antídotos – Contraria Contraribus Curantur.
1.1 História da Homeopatia
A Homeopatia surgiu na Alemanha através do medico alemão Cristiano Frederico Samuel Hahnemann, publicado seu livro, Organon da Arte de Curar, em 1810. Nascido em 10 de Abril de 1755 em Meissen-Saxônia morreu em 1843, Paris, França, formando em medicina em Lipzig, Alemanha (BENEZ, 2004).
Hahnemann trabalhando como tradutor, teve em suas mãos a obra de Cullen, em 1790. Neste trabalho foram descritas as propriedades da Cinchona officinalis, ou quinina, ou também chamada de quina (proveniente do Peru), utilizada no tratamento da malária. Apesar de Cullen atribuir o mecanismo de ação da quina através do fortalecimento do estômago, por uma substância contrária a febre, Hahnemann começou a questionar estas informações (BENEZ, 2004).
Ele percebeu que o uso abusivo da quinina causava nas pessoas sintomas parecidos com os da malária (enfermidade natural). Hahnemann passa a experimentar em si mesmo a quinina, e observou que a droga acabava provocando os sintomas do estado febril (BENEZ, 2004).
A partir desta experimentação pessoal Hahnemann inicia a criação da terapêutica que mais tarde chamou de Homeopatia, e postulava:
“Para curar uma enfermidade, é mister administrar um remédio que produza no indivíduo são a enfermidade que se quer curar”.
Não foi apenas na Europa que a Homeopatia se desenvolveu. O precursor da Homeopatia no Brasil foi o Dr. Benoit Mure (BENEZ, 2004).
Dr. Benoit Mure e Dr. João Vicente Martins fundaram em 1840, na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Homeopático do Brasil, que logo passou a se chamar Instituto Hahnemanino Brasileiro, onde em 1914 foi fundada a Faculdade Hahnemaniana, hoje Faculdade de Medicina e cirurgia do Rio de Janeiro (BENEZ, 2004).
A Homeopatia aplicada aos animais também aparece com Hahnemann ao curar seu próprio cavalo:
“ Se as Leis que proclamo são as da natureza elas serão válidas para todos os seres vivos”.
Dá-se início então a Homeopatia veterinária, aplicada por seu próprio criador, Hahnemann (BENEZ, 2004).
1.2 Introdução a Homeopatia
A homeopatia é uma ciência, e como tal, possui bases muito bem sedimentadas. Hahnemann elaborou estas bases e desenvolveu suas prática por muitos anos. Posteriormente, outros seguidores complementaram seus estudos, como foi o caso de Kent, Hering, Allen, etc (BENEZ, 2004).
CAVALCANTI (2003) comenta que Hahnemann tinha uma concepção de doença surpreendente para a sua época, pois descreveu com clareza a multicausalidade do processo saúde-doença e percebeu a influência sobre a força vital, de fatores socioculturais, físicos, químicos, psíquicos emocionais além de agentes infecciosos. Comenta ainda que Hahnemann incluía entre as funções do médico não apenas o tratamento, mas a prevenção das doenças.
Hoje, com o desenvolvimento tecnológico, a Homeopatia vem sendo pesquisada por grandes centros nacionais e internacionais. Estas pesquisas procuram entender:
Os mecanismos de ação das diferentes potências e doses dos medicamentos.
Os efeitos físicos e energéticos sobre as células.
Os efeitos sobre a imunidade do paciente, entre outras questões (BENEZ, 2004).
A Homeopatia vem sendo usada com eficácia em diferentes doentes e doenças (BENEZ, 2004).
Muitos Alopatas ao se referirem à Homeopatia, defendem a auto-sugestão. Mas não existe isso, no que tange a esta terapia. Pois crianças, adultos inconscientes e animais são tratados, sem saber que receberam medicamentos e respondem aos efeitos curativos. A Homeopatia é uma terapia objetiva, tendo suas bases e parâmetros muito bem estudados (BENEZ, 2004).
As bases ou pilares em que sustentam a Homeopatia são:
Experimentação no homem são;
Lei da semelhança;
Medicamento único;
Medicamento dinamizado e diluído (BENEZ, 2004).
1.2.1 Experimentação no Homem são
Hahnemann traduziu o trabalho de Cullen, sobre a ação tônica estomacal da quina peruana utilizada em pacientes com malária (1790). Hahnemann, questionando estes resultados, passou a auto-experimentação da quina e anotar os sintomas e sensações que sentia (BENEZ, 2004).
Assim, percebeu que, após tomar a quina apareceram sintomas que ele nunca teve. Os sintomas novos eram semelhantes aos sintomas desenvolvidos por pessoas co malária. Ele uniu seus conhecimentos anteriores aos resultados obtidos durante a auto-experimentação e conclui que, o mecanismo de cura da malária através da quina, ocorria pela semelhança de sintomas que causava nos pacientes (BENEZ, 2004).
Quando uma substância experimentada causa sintomas um indivíduo, a somatória destes sintomas é chamada de “PATOGENESIA”. Cada nova experimentação realizada, o novo medicamento terá a catalogação dos sintomas desenvolvidos (BENEZ, 2004).
1.2.2 Lei da Semelhança
Hahnemann, a partir da conclusão sobre a semelhança dos sintomas de quina e os da malária, iniciou também um processo de catalogação de todos os sintomas das experimentações, redigindo estas patogenesias nas chamadas Matérias medicas (BENEZ, 2004).
A lei da semelhança é o parâmetro para a nossa rotina clínica. Na busca dos sintomas semelhantes, encontramos o medicamento mais indicado para cada paciente, ou seja, o seu Simillimum (BERNEZ, 2004).
A lei natural Similia Similibus Curantur (semelhante Cura Semelhante) postula que ao se tratar um individuo procura-se utilizar o medicamento que produza no indivíduo saudável, sintomas semelhantes ao que ele está apresentando. Ou seja, toda substância capaz de provocar alguns sintomas físico ou psíquico num indivíduo sadio é também capaz de curar um indivíduo doente que apresente estes mesmos sintomas (CAIXETA, 1999).
1.2.3 Medicamento Único
Hahnemann defendia e recomendava que em nenhum caso de tratamento é necessário e, por conseguinte, não é admissível administrar a um doente mais do que uma única e simples substância medicamentosa de cada vez (HAHNEMANN, 1970).
Para um tratamento correto, o ideal é a medicação com o Simillimum (BENEZ, 2004).
O medicamento simillimum é aquele que, engloba toda a sintomatologia da enfermidade e do paciente, em todos os seus aspectos. Este medicamento é o mais indicado para a obtenção da cura do paciente (BENEZ, 2004).
1.3 A Homeopatia na medicina Veterinária
Sendo as moléstias dos animais, sobretudo orgânica, inteiramente semelhantes, e mesmo idênticas, pelos seus sintomas e alterações anatômicas, às moléstias humanas e, sendo que, a Homeopatia como um de seus pilares o princípio dos semelhantes, os medicamentos homeopáticos curam moléstias, cujo conjunto sintomático se assemelha à patogenesia por ele provocada (BENEZ, 2004).
O mesmo medicamento que convém a um caso, deve necessariamente convir ao outro. Se Cantharis convém, ao homem, a uma certa nefrite, ou Phosphorus a uma certa pneumonia, esses remédios, deverão convir à nefrite e à pneumonia dos animais que tenham sintomas semelhantes com os vistos nos homens e que devem concordar com as patogenesias dos remédios, e a experimentação tem demonstrado milhares de vezes esta ilação. Hahnemann foi o primeiro a aplicar no animal, utilizando e curando seu próprio cavalo (BENEZ, 2004).
É sabido que, não podendo os animais manifestar todos os sintomas subjetivos da sua moléstia, senão aqueles que eles traduzem por sinais exteriores, não podemos utilizar toda a nossa matéria medica, visto escaparem à nossa observação esses sintomas subjetivos (BENEZ, 2004). 1.4 Saúde, Moléstia e Diagnóstico.
Sendo o tratamento homeopático baseado na comparação dos efeitos fisiológicos dos medicamentos com o conjunto dos sintomas do doente (Similia similibus curantur), claro está que o modo de apanhar e recolher os sintomas depende a boa escolha dos medicamentos. É preciso, que o criador que trata de seu gado, conheça bem os sinais do estado de saúde dos seus animais, para poder discernir os da moléstia que possam ataca-los (BENEZ, 2004).
1.4.1 Saúde
O estado de saúde é o da plena regularidade de todas as funções e plena integridade de todos os órgãos do corpo. Ele se manifesta nos animais por uma aparência de vigor e de vivacidade, fáceis de reconhecer (BENEZ, 2004).
Externamente, todo animal em estado de saúde deve apresentar o seu corpo nas proporções normais e simétricas, que caracterizam a anatomia exterior. Membros bem aprumados, ancas igualmente elevadas. O andar dos animais é sempre firme, não vacilam nem manquejam, toda claudicação do passo merece atenção e um exame cuidadoso, porque se trata evidentemente de uma afecção qualquer interessando os órgãos de locomoção (BENEZ, 2004).
A atitude é forçada, que o animal esteja em pé ou deitado. Os eqüinos raramente se deitam, passa a maior parte do seu tempo em pé, os outros animais se deitam freqüentemente. Em geral os bovinos, depois de comer, deitam-se para ruminar e essa ruminação regular é um dos melhores sintomas de saúde nesses animais (BENEZ, 2004).
Todos esses sinais de atitude denotam o bom estado de saúde do animal. Os movimentos aparentes do animal revelam-se prontos e lépidos (BENEZ, 2004).
O criador deve, pois, conhecer a vida normal e os costumes dos seus animais (espécie), para poder discernir com facilidade e prontidão o seu estado de moléstia, se assim for, facilmente o reconhecerá, a uma simples inspeção, o animal ou animais que estiverem doentes (BENEZ, 2004).
1.4.2 Moléstia
A moléstia é um conjunto de perturbações funcionais e alterações anatômicas, evoluindo numa direção determinada. Essas perturbações e alterações revelam-se por duas espécies de sinais exteriores: sinais gerais ou comuns a todas as moléstias, e sinais especiais a cada moléstias em particular. Os primeiros são sempre perturbações funcionais, os segundo podem ser funcionais ou anatômicos (BENEZ, 2004).
Os sinais gerais ou comuns denunciam o estado mórbido, sem caracterizar a moléstia, de que sofre o animal. Esses sinais são os mais importantes para o criador, porque lhe permite conhecer que o seu animal esta doente e precisa ser tratado (BENEZ, 2004).
Dois sinais gerais denunciam, nos animais, o estado mórbido, a tristeza e a inapetência, a que se pode juntar cedo ou tarde, o pêlo ou penas arrepiadas, nas moléstias agudas, que são as mais importantes de conhecer com prontidão, pois são as que põem em eminente perigo a vida do animal (BENEZ, 2004).
A inapetência é, um dos sinais mais certos de moléstias, especialmente à aguda, o apetite diminuiu ou tornou-se nulo. A sede, porém, tratando-se de moléstias agudas e inflamatórias, é quase sempre viva, por causa da febre (BENEZ, 2004).
A estes sinais, podem-se juntar outros e entre eles está o abatimento, nas moléstias gerais mais graves, o animal passa a maior parte do tempo deitado e recusa todo o serviço (BENEZ, 2004).
1.4.3 O Diagnóstico
Os sinais do começo de toda as moléstias gerais ou inflamatórias revelam-se por um conjunto especial de sintomas, que se combinam e se sucedem em uma ordem determinada e que é preciso pesquisar e reconhecer para se poder chegar a liga-los ao nome de uma das moléstias. Nisto consiste o diagnóstico, isto é, na classificação da espécie mórbida de que sofre o animal (BENEZ, 2004).
Compreende-se, porém, quanto esta tarefa é difícil, porque o animal não falando, tem o criador que renunciar ao conhecimento das circunstâncias comemorativas, que em presença e a constatação dos fenômenos subjetivos, e restringir-se, em suas indagações, ao exame objetivo do animal e à observação das suas atitudes e movimentos, para daí inferir os seus sofrimentos, com o quais há de classificar a moléstia. Em tais condições, o animal se assemelha, para o diagnóstico, à criança de peito, que não fala (BENEZ, 2004).
Mas a dificuldade do diagnóstico não reside apenas na imperfeição do conjunto de sintomas, ela reside também em boa parte na indocilidade dos animais. Os grandes animais, no geral, são ariscos e não se prestam voluntariamente e com mansidão ao exame, e toda via esse exame minucioso é necessário, caso queira fazer um diagnóstico exato (BENEZ, 2004).
A raridade ou frequência da moléstia, nesta ou naquela espécie animal, pode auxiliar a comparação e decidir o diagnóstico (BENEZ, 2004).
Vê-se assim, que a facilidade da classificação das moléstias, de que resulta o diagnóstico, depende da familiaridade do espírito do criador com as descrições nosológicas, a par da minuciosa com que ele deve pesquisar s sintomas apresentados pelo animal doente (BENEZ, 2004).
1.5 Tratamento Geral
A homeopatia se sustenta em duas leis básicas. A lei dos Semelhantes e a do Vitalismo. A dos Semelhantes é uma lei natural observada durante a evolução de uma doença que concomitantemente a ela se instala um outro processo mórbido semelhante que interrompe ou cura o processo inicial. E a do Vitalismo é a condição que rege e harmoniza o ser vivo. Baseado nas leis dos Semelhantes e do Vitalismo surgiram os três princípios fundamentais à prática da homeopatia, a experimentação no indivíduo sadio, a individualização e a dinamização (BENITES, 2003).
A dificuldade no tratamento das moléstias dos animais não está somente nem no acerto do diagnóstico, nem na escolha dos remédios. Esta também na administração destes últimos (BENEZ, 2004).
Cada vez que se lhes quer dar o remédio, queremos nos referir ainda à dificuldade que oferece a esse propósito o rebanho extenso, quando se trata de moléstias contagiosas e epizoóticas. Por exemplo, pela febre aftosa, se o produtor não puder ter pessoal suficiente para a vacinação, e em instalações adequadas para acudir ao mesmo tempo a todos animais, o remédio homeopático poderá ser indicado, mas, mesmo nesse caso, o remédio só poderá ser administrado uma vez por dia, quando deveria sê-lo três ou quatro e mais vezes (BENEZ, 2004).
Está sabido que, nesses casos, não se poderá jamais proceder como se faz, quando se tem um só ou poucos animais atacados. Tanto menos numeroso é o rebanho, tanto maior número de doses do remédio se poderá administrar em um dia de serviço com um só tronco (BENEZ, 2004).
Tratando-se de aves criadas à solta, em parques extensos, o remédio deverá ser dado na água do bebedouro, ou então serão os doentes isolados em um recinto, onde seja fácil apanhá-los um a um, para se lhes dar o remédio (BENEZ, 2004).
Nas moléstias agudas, sobre tudo do aparelho digestivo, nenhum alimento será dado ao animal, enquanto não se pronunciar uma melhora qualquer do seu estado (BENEZ, 2004).
1.6 A Escolha do Remédio
Todo remédio homeopático deve ser “individualizado”, ou seja, adaptado ao doente que reivindica cuidados. Não há remédios que sirva para tudo ou para todos em Homeopatia. Dois pacientes, atingidos pela mesma doença, podem necessitar de remédios diferentes. A individualização do remédio adaptado ao paciente não apresenta nenhuma dificuldade, pois o doente traz em si as indicações do remédio útil (VANNIER, 2004).
Portanto, cada doente oferece à observação do médico uma verdadeira “morfologia sintomática” que é pessoal e cuja expressão sensória, funcional e lesional têm um efeito duplo: (VANNIER, 2004).
Permite afirmar em primeiro lugar o diagnóstico clínico e não reconhece somente a doença em causa, mas também fixa a etiologia real verdadeira (VANNIER, 2004)
Permite instituir a terapêutica homeopática conforme a doença ou as síndromes apresentadas, terapêutica que é exatamente adaptada ao paciente, já que são as suas próprias reações e seu comportamento que guiam nossa escolha. Com efeito, segundo a doutrina homeopática, as indicações de cada remédio, extraído da Matéria Medica, devem ser exatamente semelhantes ou análogas aos sintomas observados (VANNIER, 2004).
1.6.1 A Administração do Remédio
Há vários meios de se administrar o remédio homeopático aos animais, mas, de um modo geral, podem ser reduzidos a dois, aos animais que comem e bebem com facilidade ou que não tem inapetência e aos animais que recusam os alimentos, então é preciso dar-lhes o medicamento na boca ou através das mucosas (BENEZ, 2004).
O primeiro método é sobre tudo adaptado dos pequenos animais, que podem receber o remédio em leite, pão, pasta de fubá ou farelo ou então na água do bebedouro. Dando no leite ou na água com que se faz a pasta, pinga-se o número de gotas necessárias para cada dose, sacolejando-se e dá-se o leite puro ou faz-se com água a pasta de pão ou de farelo (BENEZ, 2004).
Segundo método é mais próprio dos grandes animais, é pingar o número de gotas de uma dose em um pouco de água e com essa fazer uma pequena pasta de fubá de milho, por meio de uma espátula de osso, colocá-la dentro da boca do animal (BENEZ, 2004).
Nos casos de alterações dos medicamentos, com várias doses diárias, não se pode dar o remédio na água do bebedouro, seja qual for o animal, neste caso é sempre necessário dá-lo na boca ou na mucosa. Todavia, quando os remédios só forem dados alternados pela manhã e à tarde, a água do bebedouro pode ser mudada cada 12 horas (BENEZ, 2004). 1.6.2 A Mudança do Remédio
É preciso que o criador nunca se apresse em mudar o remédio ou remédios, que estão sendo administrado ao animal, e ter a calma e a paciência de esperar o resultado. Em geral, se um remédio não produz melhora ao cabo de umas 6 ou 8 doses, é preciso escolher outro, em casos agudos ordinários, só depois de 2 a 3 dias de espera, sem melhora, se deve mudar o medicamento, e em outros casos, especialmente crônicos, é preciso dar o mesmo remédio com constância durante vários dias e mesmo semanas, sempre seguindo as orientações de veterinário especialista na matéria (BENEZ, 2004).
1.6.3 Incompatibilidade dos Remédios
Como em qualquer outro tipo de medicamentos, também alguns remédios homeopáticos apresentam incompatibilidade entre si e não devem ser tomados juntos, nem depois do seu contrário (ZIMPEL, 2003) Quadro 01
1.6.4 Aplicações Externas
Há em homeopatia, diversos medicamentos que podem ser aplicados externamente (BENEZ, 2004).
Quatro soa os principais: Arnica, a Calendula, o Cyrtopodium e o Sulphur (BENEZ, 2004).
O Sulphur ou enxofre será usado sob a forma de pó, que se mistura com banha, na proporção de um de enxofre para 10 de banha, e serve para todas s espécies de sarna dos animais. Os outros três podem ser preparadas grosseiramente pelo próprio criador, visto como tintura-mãe (TM), comprada nas farmácias homeopáticas (BENEZ, 2004).
Assim a Arnica pode ser preparada, comprando-se nas drogarias pacotes de flores de Arnica e pondo-se esta em maceração dentro de 10 vezes do seu peso em álcool a 40 graus e, na falta, aguardente a 22. Ao cabo de 15 dias de maceração, filtra-se tudo em um pano bem grosso, espremendo-se o bagaço e a tintura resultante guarde-se. Com essa tintura de Arnica, assim preparada, faz-se água de Arnica, misturando-se uma parte daquela com dez partes de água, para os traumatismos, em que não houver laceração de pele, ou 20 para os traumatismos, em que houver ferida (BENEZ, 2004).
Em regra geral, os curativos com esses remédios externos repete-se duas a três vezes por dia e mesmo mais, de modo a manter sempre o remédio sobre a parte afetada (contusões, torceduras, inflamações) (BENEZ, 2004).
1.7 Doses
A quantidade de medicamento a dar de cada vez, é o que se chama dose. Ela varia com as diversas espécies animais, em virtude de sua maior ou menor sensibilidade à ação de medicamentos. É assim que a experiência tem demonstrado que os bovinos são menos sensíveis do que os equinos; os cães e os gatos, e os carneiros, cabras e porcos menos ainda do que os bovinos. Nesta condição o número de gotas para cada dose do remédio escolhido será: (BENEZ, 2004)
Cavalos e muares ............................................... 10 gotas
Bois e vacas ........................................................ 15 gotas
Potros e bezerros ................................................ 8 gotas
Porcos, carneiros e cabras .................................. 6 gotas
Cães, gatos, cabritos, cordeiros e leitões ............ 3 gotas
Ave de gaiola ...................................................... 1 gota
Mas certos medicamentos, só são encontrados em forma de pó branco ou pastilhas (tablete). Nestas condições, deve-se calcular o que se leva de pó a ponta mais grossa de um palito comum para 2 gotas se fosse líquido, ou um tablete também para 2 gotas, e dissolver depois, tanto o pó como os tabletes na água da dose a dar dessa pasta medicamentada (BENEZ, 2004).
Os pós, os glóbulos e os tabletes podem ser tomados a seco sobre a língua, deixando que a saliva os dissolva, sem mastigar, e depois engolindo, ou então previamente dissolvidos na água, em regra geral: pós ou triturações, 25 centigramas para 10 colheradas de água; tabletes são um para 2 colheradas de água. Quanto os líquidos, isto é as tinturas, serão tomadas em gotas diretamente pingadas sobre a língua, ou mucosas ou então previamente dissolvidas em água destilada ou filtrada (CAIRO, 1986).
Na preparações das doses, deve-se sempre preferir as colheres de vidro ou de louça às colheres de metal, e copos comuns bem lavados, a frascos ou garrafas, cuja lavagem completa é habitualmente difícil (CAIRO, 1986). 1.8 A Cura com a Homeopatia
O inicio da cura de um paciente é o restabelecimento de equilíbrio da energia vital, quando tratando através da Homeopatia (BENEZ, 2004)
Esta energia, sendo a regente do corpo, irá promover o restabelecimento de um bom estado de ânimo e da recomposição da estrutura normal do corpo (BENEZ, 2004).
A melhora é caracterizada inicialmente, por um bem estar geral, com uma melhora dos sintomas mentais (BENEZ, 2004).
A reparação física é um pouco mais demorada. E está diretamente ligada às características do estado do paciente ( BENEZ, 2004).
A Homeopatia cura de forma rápida e eficaz os quadros agudos, que forma desenvolvidos sem muitas alterações da massa corpórea. Porém, em casos crônicos, gera uma alteração mental e do corpo com raízes mais profundas. Neste caso a Homeopatia é tão lenta, quanto à instalação do processo. Podendo em algum caso ser irreversível a reconstituição do corpo (BENEZ, 2004).
D´SOUZA FRANCISCO (2005) refere que remédios homeopáticos tem um incontestável efeito sobre o sistema imunológico, através de vários mecanismos, diretamente ou através de alterações hormonais, alterações emocionais, variações eletrolíticas e de outras variações metabólicas. As transformações relevantes no que diz respeito aos mecanismos imunológicos e fisiológicos que o remédio homeopático induz estão bem detalhados na primeira parte do seu trabalho “Homeopathy and Immunology”.
D´SOUZA FRANCISCO (2005) A ação específica de certos remédios no sistema imune, como descrito na segunda parte do mesmo trabalho, indica o poder das doses infinitesimais, quando homeopaticamente prescritas. A superioridade desta medicação neste sentido, não tem paralelo e somente em experiências futuras estes fatos serão largamente aceitos. Considerando as terapêuticas das doenças ditas e de hipersensibilidade e auto-imunes, vários testes clínicos manifestaram a capacidade de cura e possibilidade de tratar que tem o Simillimum. Estas condições são os próximos desafios da ciência, encontrar a cura para os males e o Simillimum. Diz ela “Eu acredito que este é o caminho para a sanidade e solução permanente para as doenças”.
1.8.1 A Cura e a Falsa Cura
A cura ocorre na sua globalidade quando se leva em considerações a individualização total do paciente com suas alterações afetivas da personalidade profunda e as determinações inconscientes de sua vida psíquica e patológica (CREDIDIO, 1994).
Para a homeopatia vitalistica a cura não é o silêncio orgânico e ausência de câmbios tissulares e humorais e sim a cura de sua inteira perturbações vitais, fatos determinantes de um comportamento biológico e psíquico inteligíveis praticamente só por analogia com as patogenesias homeopáticas (CREDIDIO, 1994).
A falsa cura ocorre quando não se respeita as exonerações da energia vital e ela se expressa em todas as enfermidades de pele, mucosas, desde os eczemas e catarros até psoríases e verrugas; assim como a eliminação da febre, das dores e a remoção cirúrgica dos órgãos, vesículas ou ductos sem uma solução do problema integral da enfermidade do homem em sua etiopatologia dinâmica e em seu desequilíbrio de energia vital, provocando desta forma um risco severo de incurabilidade para o enfermo e a frustração fundamental que a medicina pode gerar na humanidade em sua missão de curar (CREDIDIO, 1994).
Toda terapêutica que não tenha por fundamento essencial a lei de cura originada na observação da biopatografia do doente com a individualização correta conduz sempre a uma falsa cura com metástases patológicas, junto com uma agravação da moléstia crônicas (CREDIDIO, 1994).
1.9 Modo de Ação do medicamento Homeopático
As dinamizações 6CH (6 diluições Hahnemanianas de 1/100 em soluções de água e álcool), contém pouca matéria prima. Praticamente não existe substâncias ativa (BENEZ, 2004).
Quando analisamos os medicamentos elaborados com microrganismos vivos, sabemos que a partir da potência 12CH não existe mais estruturas vivas (BENEZ, 2004).
Os medicamentos, quando experimentados, induzem sintomas das patogenesias nos experimentadores. Quando utilizados na clínica, agem, fazendo o paciente desenvolver os mecanismos de cura (BENEZ, 2004).
Mas poucas informações existem sobre a forma pela qual o medicamento atua no indivíduo. Esta é uma questão que necessita de muito aprofundamento das pesquisas (BENEZ, 2004). 1.10 Homeopatia e a Imunologia
A imunologia é a área da medicina que mais se desenvolveu nos últimos tempos, provavelmente pelo papel que representa na interdependência com as varias ares afins, tais como a histologia, microbiologia, parasitologia, bioquímica, farmacologia e etc por esse motivo os imunologitas devem ter uma formação versátil e global (CREDIDIO, 1994).
Hahnemann fez previsões geniais acerca da terapêutica moderna, inclusive no tocante a imunologia e à medicina atual, que devem muitas das suas conquistas às teorias e técnicas da homeopatia (CREDIDIO, 1994).
Podemos observar que o medico alergista luta para descobrir o alérgeno (agente capaz de produzir alergia). Uma vez que detectado este agente é a cura certa (CREDIDIO, 1994).
Analogicamente, a homeopata utiliza-se do mesmo princípio, pois as cura é conseguida através da própria substância que causou o mal “ lei das Semelhanças” (CREDIDIO, 1994).
1.11 O Estudo do Caso
A homeopatia sustenta que só através dos sintomas é possível identificar a doença do paciente. Embora os homeopatas contemporâneos deem maior importância aos testes laboratoriais que os seus predecessores, os resultados destes testes orientam a prescrição, uma vez que os relatos das experimentações não incluem dados laboratoriais ou anatomopatológicos (WEINER, 1997).
Durante o estudo do caso, o homeopata se vale daquilo que pode se perceber através dos sentidos seja pelo relato verbal do proprietário, seja pela observação direta. O homeopata trabalha com o princípio de que todas as doenças se refletem na consciência do paciente, na forma de alterações mentais e emocionais, e de mudanças nas sensações, bem como nas funções e na aparência de partes do corpo (WEINER, 1997).
A primeira consulta de um paciente com um homeopata pode levar uma ou duas horas, em contraste com os quinze minutos ou menos gastos por um especialista ortodoxo (WEINERE, 1997).
1.12 Os Limites da Homeopatia
O principal limite da Homeopatia é a falta de informação da população com relação aos benefícios que esta terapêutica pode proporcionar e sua forma de trabalho (BENEZ, 2004).
Aos tratamentos Homeopáticos, os limites são aqueles em que não podemos atuar com a Homeopatia pura e simplesmente. São os casos de emergências, onde a vida do paciente está em jogo, havendo apenas minutos ou horas para uma atuação medicamentosa (BENEZ, 2004).
1.13 Receituário
Segundo Benez (2004), os receituários são redigidos da seguinte forma (fig. 01):
Nome do paciente e proprietário
Número do registro no consultório
Forma de uso
Nome do medicamento escrito em latim
Potência do medicamento: segue o nome, com letra e número.
Forma de apresentação: glóbulos, líquidos, pó, etc.
Orientação geral quanto à forma de diluir, horários, repetição de dose, etc.
Data da consulta
Assinatura do homeopata
Data ou período para retorno
1.14 As Escolas Homeopáticas
1.14.1 Escola Organicistas
Sabemos que, desde o inicio da Homeopatia, alguns médicos em situações variadas usavam mais de um medicamento, o que foi condenado pelo próprio Hahnemann no parágrafo 273 “Em nenhum caso sob tratamento é necessário e, portanto, permissível, administrar a um paciente mais de uma única e simples substância medicinal de uma vez” (BRUNINI e SAMPAIO, 1993). 1.14.1.1 Escola Complexista
Os medicamentos homeopáticos de uso não ortodoxos são os medicamentos combinados ou complexos, sendo muitas vezes uma mistura de três a dez medicamentos, normalmente em potencia muito baixas (escala decimal). Usa-se apenas a Similitude com a doença, não se considera o doente, podendo-se classificar os medicamentos por números, colocando-se em cada moléstias uma espécie de catálogo numerado de patogenias, ou apresentando-se os medicamentos com o espírito comercial, em palavras que combinam com a doença à qual devem curar “amidalite, asma, diarreia”, incrementando na população a automedicação. Não são isentos de efeitos colaterais e, apesar de muitos de nossos pacientes referirem bons resultados quando tomam tais medicamentos, não deixa de ser uma prática de supressão, uma homeopatia de baixo nível, onde a individualização, que seria o aspecto fundamental no tratamento homeopático, fica em segundo plano (BRUNINI e SAMPAIO, 1993).
1.14.1.2 Escola Alternista
Nesta, se alternam dois medicamentos. Quando esses remédios são ingeridos pelo mesmo paciente numa mesma situação clínica, o raciocínio aqui seria mais orgânico, onde a dúvida e a falta de conhecimento do caso ou da matéria medica acarretaria o uso de dois remédios com a finalidade de fechar um universo maior de sintomas (BRUNINI e SAMPAIO, 1993).
1.14.1.3 Escola Pluralista
Uma variante seria aquela que prescreve um medicamento para um tipo de sintomas, outro para outro sintoma, um terceiro para outro sintoma, e, assim, sucessivamente. Os homeopatas europeus referem e descrevem bons resultados com essa pratica, usando um remédio principal até de ordem mental para várias situações, associando muitas vezes fototerápicos (BRUNINI e SAMPAIO, 1993).
1.14.2 Escola Unicista
Acreditamos que o verdadeiro homeopata unicista segue linhas vitalistas universais, tais como a força vital de Hahnemann, Gestaltung de Goethe, a energia sexual de Reich, o impulso vital de Bérgson, pois são o caminhos do holismo e do vitalismo que nos fazem compreender a dinâmica vital do nosso enfermo, não sendo, portanto, uma somatória de sinais e sintomas compilados de uma maneira organizada e repertorizados após uma conta aritmética, mas a integração do homem, personalizados o seu êxito vital como um ser individual, com sua própria história de vida, inédita em cada existência (BRUNINI e SAMPAIO, 1993).
A homeopatia unicista é também conhecida como escola ortodoxa de Hahnemann e Kent (BRUNINI e SAMPAIO, 1993).
2.0 DESENVOLVIMENTO
2.1 Casos Clínicos
2.1.1 Caso 1
No dia 07/08/2006 veio ao consultório um paciente chamado Bello, um canino, da raça Yorshire, macho, com idade de 13 anos.
Sintomas: Parecia ter algo engasgado na garganta, apresentava tosse, espirrava muito e o animal se cansava facilmente.
Exame Clínico: Na auscultação observamos um sopro cardíaco.
Diagnóstico: O animal apresentava líquido no parênquima pulmonar, onde isso acarretava em cansaço ao mais leve exercício.
Tratamento: Antimonium tartaricum CH 6 BID 2.1.2 Caso 2
No dia 09/08/2006 foi à clínica veterinária um animal, felino, macho, da raça siamês com idade aproximada de 10 anos.
Sintomas: Era tranquilo, tinha cumes do proprietário, vomitava pêlos constantemente, e que antes de vomitar ele fazia um ruído com o focinho “tinha o nariz entupido” e que seus olhos viviam lagrimejando.
Exame Clínico: Concluímos que o animal apresentava uma forte inflamação da gengiva, que ele apresentava uma conjuntivite, e que por problemas no manejo nutricional, soltava muito pêlo.
Diagnóstico: Pelos problemas do manejo nutricional, ração de baixa qualidade, o animal estava soltando muito pêlo, com isso estaria ingerindo uma maior quantidade de pêlos e não estava conseguindo eliminar essa maior quantidade pelas fezes.
Tratamento: Nux-vomica CH 30 Plus SID e correção no manejo nutricional.
2.1.3 Caso 3
No dia 10/08/2006 veio ao consultório um paciente chamado Astor, um canídeo da raça Daschund de idade aproximada de 6 anos e com 10 kilos de peso vivo.
Sintomas: Gostava de passear de carro, quer cheirar o ar, tem medo de tudo, quando se fala alto ele se esconde, vem perto do proprietário, come grama e vomita, gosta de ser manipulado e tem muitos impulsos sexuais.
Exame Clínico: Fígado aumentado e piodermite crônica, o animal toma antibiótico e melhora, mas depois que para volta, isso já faz 3 anos.
O animal se alimenta de ração diet, e come uma coxinha de frango todos os dias e duas bolachas para cachorros.
Diagnóstico: Intoxicação leve por mau manejo nutricional, e isso o esta lavando a ter problemas no fígado e na pele.
Tratamento: O tratamento sugerido foi Phosphorus CH 6 BID e o manejo nutricional.
2.1.4 Caso 4
Chegou na clínica no dia 05 de setembro de 2006, um Psitacídeo, chamado Coisa Verde, é um papagaio verdadeiro, macho de cor verde e com idade aproximada de 10 anos.
Nutrição: O animal se alimentava de sementes de girassol e um pãozinho com café com leite todas as manhãs.
Sintomas: O proprietário relatou que o animal fica arrancando as penas, e que isso começou logo após que o neto veio a morar com eles.
Exame Clínico: Foi observado que o animal se automutilava (Dorso, ventre e caudal) e se encontrava completamente sem penas. Também se observou ferida no dorso.
Diagnóstico: - Mau manejo alimentar (deficiência nutricional);
- Ciúmes do neto (importante sintoma na homeopatia),
- O mau manejo nutricional prejudicava a reação do sistema imunológico.
Tratamento: Correção do manejo nutricional, começar a dar ração própria para Psitacídeos, dar a noite sementes de girassol germinadas.
Sintomas selecionados (RIBEIRO, 1996):
Auto- tortura – (15 – I)
Bater – si mesmo, em (16 – I)
Administrar: Metalum álbum CH 30, uma vez ao dia por 7 dias. 2.2 Visitas Técnicas em Propriedades Rurais
As propriedades/produtores rurais visitados durante o estágio também faziam uso de medicação homeopática para prevenir e tratar as patologias agudas e crônicas dos animais.
Os índices de mastites eram muito baixos (tendendo a zero), pois além do bom manejo fazia-se a prevenção com medicamento homeopático. O mesmo foi visto com a infestação por endo e ectoparasitos – neste caso os animais não estão absolutamente livres dos parasitos, mas em quantidades recomendadas.
3.0 CONCLUSÃO
Mesmo com todas as drogas miraculosas, os complexos procedimentos cirúrgicos, os testes diagnósticos altamente sofisticados e hospitais extremamente bem equipados, a triste constatação é de que a medicina de hoje é muitas vezes tão ineficaz quanto a arcaicas práticas do passado. Além disso, a tecnologia médica de que às vezes só são identificadas depois de muitas pessoas já estiveram expostas a seus riscos (WEINER, 1997).
Tanto quanto no tempo de Hahnemann, os problemas da medicina moderna podem ser divididos em uns poucos grupos bem definidos. Deixando de lado a importante questão dos custos, dois grandes problemas da medicina alopática contemporânea podem ser divididos em: (1) o aumento da incidência de doenças iatrogênicas, ou induzidas pelo próprio tratamento e (2) uma relação médico-paciente que é ao mesmo tempo causa e consequência de uma mentalidade potencialmente perigosa em relação a saúde e a doença (WEINER, 1997).
Nos casos relatados, decorridos 15 a 20 dias da primeira consulta os proprietários entraram em contato, para referir a melhora ocorrida nos seus animais.
A Homeopatia é uma terapia que vem somar no que diz respeito ao tratamento preventivo e curativo das patologias dos animais. É de fácil administração (ração/ água/ sal mineral) e colabora para baixar o custo de tratamento dos animais de estimação e baixar em muito o custo na produção dos produtos (alimento e serviço) de origem animal.
O que precisamos é formar profissionais veterinários com habilidade suficiente para aplicar esta arte/ciência. Eles ainda são muito poucos, e poucas são as escolas que já perceberam o grande nicho que aí está. Pois os países desenvolvidos estão procurando avidamente por alimentos sem resíduos de antibióticos, hormônios e agroquímicos em geral. E mais, estão dispostos a pagar a mais por um produto diferenciado.
A Homeopatia Veterinária tem um vasto campo para crescer em nosso pais, pois temos grande vocação para a produção agrícola e pecuária. As pesquisas aos poucos vão surgindo em nosso meio e com resultados promissores.
5.O REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUNINI, D,. SAMPAIO, C. Homeopatia Princípios, Doutrina e Farmácia IBHE. 2 ed. São Paulo. Mythos Editora, p. 231-234. 1993.
BENEZ, S.M. Manual de Homeopatia Veterinária. 2 ed., Ribeirão Preto, Tecmedd Editora, p. 23-107. 2004.
BENITES, N.R. Princípios gerais da homeopatia. In: I Congresso Brasileiro de Homeopatia Veterinária, 2003, São Paulo. Anais eletrônicos... [CD-ROM], São Paulo: AMVHB, 2003.
CAIRO, N. Guia de Medicina Homeopática. 21 ed., São Paulo, Livraria Teixeira, 13p. 1986.
CAIXETA, A.B. Introdução ao Estudo da Homeopatia. Colégio Brasileiro de Homeopatia “Constantine Hering”. Curitiba. P. 1-4. 1999. [Apostila]
CAVALCANTI, A.M.S. Introdução a Homeopatia. Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Fluminense, 83p. 2003. [APOSTILA]. Disponível em: http://www.uff.br/ses/graduacaoApostila%20Introducao%202003.doc Acesso em 8 Ago. 2006.
CREDIDIO, E.V. Homeopatia a Medicina do Equilíbrio. 1 ed., Campinas, Copola Editora, p. 59-87. 1994.
D’SOUZA FRACISCO, L. Homeopathy and Immunology (on line). The British Institute of Homeoppathy, 1998. Disponível em: http://www.homeopathy2health.com/personal1.htm. Acesso em 01/08/2006.
HAHNEMANN, S. Organon da Arte de Curar. 6 ed., São Paulo, Robe Editorial, 233p. 2001.
RIBEIRO, A.F. Novo Repertório de Sintomas Homeopáticos. 1 ed., São Paulo, Robe Editorial, 1996.
WEINER, M. O Livro Completo de Homeopatia. 3 ed. Rio de Janeiro, Nova Era Editora, p. 22 e 50. 2003.
SCHENBRI, J. Conheça a Homeopatia. 3ed. Belo Horizonte, Editora Rona, 268p. 1992.
VANNIER, L. Manual de Terapêutica Homeopática. 4 ed., São Paulo, Editora Organon, 21p. 2004.
ZIMPEL, A. A cura Pelas Plantas, Pela Água e Pela Homeopatia. 3 ed., Porto Alegre, Ríngel Editora, p. 23-25. 2003.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Daniel Checchinato
Medico Veterinário , formado em 2006 , proprietário da Clínica Veterinária Checchinato (www.veterinariachecchinato.com.br) em Jundiaí /SP , medico veterinário do Hospital Veterinário Alphaville (www.veterinariaalphaville.com.br) e Professor titular do Colégio Tableu em Jundiaí.
Trabalho com clinica e cirurgia de pequenos animais , homeopatia e oftalmologia veterinária.
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93