O pâncreas é uma glândula funcionalmente dividida em porção endócrina e exócrina. É um órgão em forma de V, constituído por lobo esquerdo e lobo direito. Apresenta radiopacidade de tecido mole.
Os achados radiográficos podem não definir a doença. A alteração radiográfica mais comum é perda de detalhes no abdômen cranial.
Fígado
A aparência radiográfica normal da silhueta hepática não ultrapassa a última costela, o que ocorre nos casos de hepatomegalia por causas diversas.
A vesícula biliar não é visibilizada, a não ser seus cálculos radiopacos, quando presentes.
Ascite
É o líquido livre abdominal, caracterizado por aumento difuso da radiopacidade abdominal, com perda da definição da imagem das vísceras. O gás intestinal, às vezes, está aparente.
Sistema musculosquelético
O tecido ósseo desempenha importantes funções no organismo, como armazenamento de minerais, hematopoiese, locomoção (sistema de alavancas com músculos e articulações), proteção e sustentação dos sistemas corporais. Macroscopicamente, os ossos são divididos em longos ou chatos. Os ossos longos, por sua vez, são divididos em três regiões: epífise, metáfise e diáfise. A epífise é constituída por osso esponjoso, caracterizado pela presença de trabéculas ósseas e pela medula óssea. A diáfise é constituída pelo canal medular e por osso compacto (caracterizado pela presença dos canais de Havers e de Volkmann). Na região metaepifisária há a cartilagem epifisal, placa fisária, fise ou placa de crescimento, responsável pelo crescimento longitudinal do osso. As epífises são revestidas pela cartilagem articular. Internamente o osso é revestido pelo endósteo e externamente pelo periósteo.
O crescimento ósseo ocorre principalmente por ossificação endocondral e, de forma secundária, há também crescimento aposicional.
Fraturas
As fraturas são definidas como soluções de continuidade em ossos ou cartilagens, ou seja, perda da integridade. Podem ser classificada quanto à linha de fratura, localização da fratura, número de fragmentos e desvio dos fragmentos.
Quanto à linha de fratura, podem ser:
- Fratura incompleta: quando não há separação visível dos cotos, é chamada de “trinca”.
- Fratura completa: quando há separação dos cotos, podendo ser:
a) Fratura completa transversal: linha de fratura em ângulo reto com o eixo ósseo.
b) Fratura completa oblíqua: linha de fratura não forma ângulo reto com o eixo ósseo.
c) Fratura completa espiral: linha de fratura no formato de um bisel.
Quanto à localização, as fraturas podem ser:
- Epifisária.
- Metafisária.
- Diafisária.
- Mista: quando há fragmentos em mais de uma dessas regiões.
Quanto ao número de fragmentos, as fraturas podem ser classificadas em:
- Fratura simples: não há fragmentos, apenas os dois cotos.
- Fratura fragmentada: apresenta sítio de fratura e esquírolas (fragmentos).
- Fratura múltipla: há mais de um sítio de fratura.
- Fratura cominutiva: incontáveis esquírolas ósseas, chamadas de “farelos”.
Quanto ao desvio dos fragmentos, as fraturas podem ser:
- Fratura transversal: há paralelismo entre os cotos.
- Fratura angular: há angulação entre os cotos.
- Fratura rotacionada: há rotação de um dos cotos e o outro permanece em seu eixo normal.
- Fratura longitudinal: subdivide-se em por penetração, em que um coto penetra no canal medular do outro; e por separação, em que há afastamento longitudinal dos cotos.
Além dessas classificações, as fraturas podem ainda ser consideradas:
- Abertas (expostas) ou fechadas: em relação à perda de integridade de pele e musculatura adjacente.
- Por avulsão ou arrancamento do fragmento ósseo.
- Por impactação: quando há compressão, geralmente ocorre em vértebras.
- Patológicas: resultantes de enfraquecimento ósseo devido a uma doença.
Há também uma classificação proposta por Salter-Harris, para fraturas metaepifisárias, sendo classificadas em graus:
- Grau I: há afastamento da linha fisária.
- Grau II: o fragmento encontra-se na metáfise.
- Grau III: o fragmento encontra-se na epífise.
- Grau IV: encontra-se um fragmento na epífise e outro na metáfise.
- Grau V: há compressão de epífise com metáfise.
Até que ocorra a consolidação de uma fratura, há formação de calo ósseo que se subdivide em alguns estágios:
- Calo ósseo hemorrágico: devido à hemorragia e edema, ocorre de 2 a 10 dias após a fratura.
- Calo ósseo cartilaginoso: há formação de partes de cartilagem, de 8 a 15 dias após a fratura.
- Calo ósseo provisório: há uma ossificação desorganizada, ocorre de 15 a 40 dias após a fratura.
- Calo ósseo definitivo: há osso formado e sofre remodelação, ocorre de 40 a 120 dias após a fratura.
Os fatores que influenciam na recuperação de uma fratura são: integridade vascular, grau de movimentação do foco de fratura, grau de aposição dos cotos após a redução e idade do animal.
As possíveis complicações são: união retardada (em que se observam radiograficamente uma linha radioluscente persistente e calo ósseo mínimo); não união (quando não há evidência de calo ósseo, há linha de fratura evidente e com bordos dos cotos esclerosados, podendo ainda se desenvolver pseudoartrose); e má união (quando há boa formação de calo ósseo, mas alterações na angulação e alinhamento dos cotos).
Luxação e entorse
Entorse é uma distensão de cápsula articular e ligamentos, com movimentos que ultrapassam o limite fisiológico, promovendo um deslocamento temporário e incompleto que, uma vez cessado o trauma, volta ao normal.
Na luxação há ruptura de ligamentos e o deslocamento articular é definitivo.
As causas envolvidas geralmente são traumáticas, mas podem também ser secundárias a alguma doença óssea, ou ainda, congênitas.
As luxações mais comuns são coxofemoral, femurotibiopatelar, umeroradioulnar, escapuloumeral, atlantoaxial, entre outras. Ao exame radiográfico deve-se avaliar o alinhamento ósseo e a integridade articular. O termo subluxação é usado quando a incongruência articular não é total.
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por Colunista Portal - Dia A Dia e Estética
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