Linfadenite caseosa (pseudotuberculose)

Doença infecto-contagiosa crônica de ovinos e caprinos
Doença infecto-contagiosa crônica de ovinos e caprinos

Veterinária

09/10/2014

Definição: Enfermidade infectocontagiosa crônica de localização principal nos pulmões e linfonodos de ovinos e caprinos.


Etiologia

- Corynebacterium pseudotuberculosis

- Gram + resistentes a dessecação, sensível ao sol e desinfetante comuns.


Epidemiologia
- Acomete ovinos e caprinos e eventualmente bovinos, sem distinção de sexo entre 1 e 2 anos de idade.


Distribuição
- Cosmopolita.


Transmissão
- As fontes de contaminação estão no solo, água, alimentos contaminados por fezes dos animais doentes de muco nasal e bucal e descargas de abscessos rompidos;

- Reservatórios: São os próprios doentes;

- Morbidade: Variável – depende da higiene – 10 / 50%

- Letalidade: Difícil estabelecer, pois os jovens vão para abate e os adultos vão depauperando (doença progressiva crônica) não tem cura.


Patogenia – Animais com múltiplos focos de abscessos. Ocorre caquexia, toxemia e morte.


Vias de infecção

Via Respiratória à é a via mais comum. Maior frequência de lesões pulmonares e linfonodos mediastinais.

Via Cutânea à é a via mais importante. Causada por ferimentos de tosquia, caudectomia, marcação de orelha. É mais comum no agreste brasileiro devido aos ferimentos causados por plantas com espinhos (vegetação traumatizante), sol forte e falta de higiene.

Via Sanguínea à Abscessos. Quando evoluído apresenta organização interna de pus, em capas concêntricas dando aspecto de cebola. Formação de abscessos. Não drenar caso não esteja organizado e evoluído.

Via Digestiva à Menos importante.


Instalação do Microorganismo
Na instalação ocorre uma quimiotaxia de neutrófilos gerando pus caseoso e denso que se incapsula formando abscessos.

Estes se desidratam e ocorre infiltração de sais de cálcio. À necropsia range ao corte de faca.


Diagnóstico
Clínico à Biopsia - Nos casos onde os sinais são inaparentes (condenação de carcaça) Em casos com sinais à Caquexia progressiva e anemia; linfonodos hiperplásicos, dispneia, aumento de volume cutâneo, mastite nodular.

Definitivo à Isolar o agente.

Diferencial à Tuberculose.


Prognóstico
Ruim (medicamentos não atingem a concentração terapêutica dentro das lesões)


Tratamento (discutível)
Antibioticoterapia (agente sensível).


Profilaxia

- Boa higiene – aplicação de desinfetantes nas instalações;

- Evitar traumas;

- Separar os animais com linfonodos aumentados;

- Manobras cirúrgicas em locais limpos;

- Desinfecção do instrumental com desinfetantes.


Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Vitor Silva Pasqueto

por Vitor Silva Pasqueto

Graduado em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP, em dezembro de 2006. Atuando como médico veterinário autônomo na área clinica e cirúrgica de animais domésticos, possui experiência como responsável técnico em casas agropecuárias e pet shop.

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