Cidade de RS vai adotar implantação de microchips em animais

Veterinária

01/09/2009

A prefeitura de Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul, inicia a primeira fase do registro de identificação de animais por meio da implantação de microchips, que serão colocados, primeiramente, nos equinos do município e, posteriormente, nos caninos e felinos. Esta iniciativa tem como objetivo integrar um programa de controle populacional destes animais, e foi desenvolvido pela Vigilância Sanitária local.

De acordo com o secretário de Saúde de Xangri-Lá, Paulo Roberto Maciel, o equipamento possui um software que registra um número para cada animal. Além disso, ele destaca que os proprietários dos animais não terão despesa alguma. Esta iniciativa é considerada pioneira, pelo menos na região.

O veterinário Marcelo Lopez, diretor da Vigilância Sanitária, explica que este microchip tem o tamanho de um grão de arroz, e é feito de biovidro; ele será implantado nos animais por meio de aplicadores subcutâneos.

O aparelho, que dura, em média, 100 anos, apresentará dados dos proprietários e dos animais. Estes dados servirão para desenvolvimento de programas de prevenção de riscos à saúde do ser humano, como por exemplo, zoonoses e, até mesmo, acidentes. Segundo o secretário, estes dados facilitarão o serviço de planejamento de políticas de saúde pública, além de proporcionar o conhecimento atualizado das populações equinas, caninas e felinas.

Será possível, ainda, reduzir o número de animais perdidos, abandonados ou que sofram maus tratos, afirma o veterinário.

Agora, os proprietários destes animais também deverão estar mais atentos, pois o animal “chipado” que for encontrado na rua terá seu proprietário notificado e orientado sobre a sua responsabilidade. “Em caso de reincidência, o proprietário poderá ser multado. Abandonar animais na rua é crime, previsto na Lei Municipal nº 377 de 2000, e poderá resultar em multa e processo por crime ambiental”, explica Maciel.