15/02/2016
A cegueira noturna, também conhecida como “cegueira noturna congênita estacionária” (CNCE), é um estado fisiológico hereditário, que acomete os cavalos e os impede de ver em condições de baixa luminosidade. Esta condição acomete principalmente animais da raça Apaloosa, embora possa ser relatada em outras raças equinas, principalmente as de sangue europeu.
Animais com cegueira noturna não conseguem enxergar no escuro, embora a mesma condição possa não ocorrer durante o dia na maioria dos animais. A deficiência visual durante as horas de penumbra e a noite, muitas vezes se reflete no comportamento dos animais portadores deste problema, pois os mesmos podem se tornar inquietos e instáveis no escuro (ansiedade e/ou medo). Em alguns casos, os cavalos acometidos por este problema desenvolvem dificuldade de enxergar durante o dia também, pois o sistema visual tende a se desgastar mais rapidamente pelo esforço na tentativa de se enxergar a noite.
O diagnóstico da cegueira noturna é feito usando um eletrorretinograma (equipamento que faz “leitura” de fundo de olho). Para este exame, os cavalos são mantidos no escuro durante alguns minutos e, em seguida, expostos a flashes de luz de determinada frequência. A partir daí, o eletrorretinograma passa a medir a “atividade elétrica” (reflexos) da retina quando exposta a esses flashes de luz, identificando assim se o problema está presente na capacidade do olho de registrar os sinais da retina.
Embora não se conheça cura para a “cegueira noturna”, a patologia é controlável, não causando grandes prejuízos aos animal, desde que se faça algumas adaptações a favor dos animais.
O cavalo não deve exercer atividades noturnas, o local aonde o animal permanece durante a noite, não deve conter objetos que causem riscos aos animais (cordas, pedaços de madeira, baldes), o local de permanência dos animais também deve transmitir um estado de segurança ao animal. Os cavalos portadores da cegueira noturna muitas vezes ainda conhecem os limites de seu ambiente no escuro, portanto devem ser mantidos sempre nestes, não havendo mudanças, nem mesmo da localização dos cochos ou bebedouros.
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-Medico veterinario graduado pela escola de medicina veterinaria da UFMG. - Especializacao em Plantas Medicinais e seu uso na veterinaria (pela UFLA). - Especializacao em Defesa Sanitaria Animal / Bioterrorismo na Def. San. Animal (pela UFLA). - Mestrado em Toxicologia (pela EV/UFMG) - Clinico Geral Equinos e pequenos - Perito Forense Veterinario. - Terapeuta Floral (Bach)
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